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Silvio Santos é sepultado neste domingo, seguindo ritos judaicos: Entenda a cerimônia de despedida
De acordo com a tradição judaica, o corpo deve ser enterrado o mais rapidamente possível, como forma de respeito ao falecido.
Foto: Lourival Ribeiro/SBT
O apresentador Silvio Santos, que faleceu neste sábado, dia 17 de agosto, aos 93 anos, foi sepultado neste domingo (18) no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.
A cerimônia seguiu os ritos do judaísmo, religião na qual Silvio nasceu e que professou ao longo de sua vida. O desejo de um sepultamento judaico foi expressado pela família em comunicado.
De acordo com a tradição judaica, o corpo deve ser enterrado o mais rapidamente possível, como forma de respeito ao falecido. No entanto, como Silvio Santos faleceu durante o shabat, o dia sagrado de descanso judaico que vai do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado, o sepultamento será realizado no domingo, já que enterros não ocorrem à noite.
A preparação do corpo para o sepultamento é realizada pela Chevra Kadisha, um grupo de voluntários que cuida dos rituais fúnebres. O corpo passa por um processo de purificação, chamado tahará, onde é lavado e vestido com roupas simples, conhecidas como tachrichim. O caixão, pintado de preto e sem adornos, é fechado após a preparação e não é aberto novamente.
Antes do translado ao local do sepultamento, há um breve momento para despedidas, que dura cerca de 20 a 30 minutos. Durante esse tempo, a família rasga simbolicamente as roupas, em um gesto de luto. O sepultamento é rápido, e os presentes são convidados a jogar três pás de terra sobre o caixão, seguidas pela recitação da oração kadish.
No judaísmo, não há costume de se utilizar flores nos enterros. Em vez disso, ao visitar o túmulo, é comum acender uma vela ou colocar uma pequena pedra sobre a sepultura. Mesmo que flores sejam enviadas, elas não são colocadas no local do sepultamento.
A família de Silvio Santos observará um período de luto de sete dias, conhecido como shivá, conforme a tradição judaica. Após esse período, a família retorna gradualmente à vida cotidiana, dependendo do grau de observância religiosa.
Silvio Santos, de origem sefardita, será lembrado em outras ocasiões tradicionais. Vinte dias após o sepultamento, a família deve retornar ao cemitério para recitar novamente o kadish. Os aniversários de morte também serão marcados por rituais na sinagoga ou em casa.