Setembro Amarelo: entenda história trágica que deu início à campanha
Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é lembrado nesta terça-feira, 10 de setembro
Foto: Reprodução
O dia 10 de setembro é marcado como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil, desde 2015, o mês de setembro foi denominado Setembro Amarelo por organizações que trabalham para aumentar a conscientização sobre o tema.
Mas você conhece a origem desse movimento e o motivo da escolha da cor amarela?
A campanha “Yellow Ribbon”, ou Laço Amarelo, começou nos Estados Unidos após o trágico suicídio de Mike Emme em 1994. Mike, um jovem de 17 anos, era conhecido por sua habilidade em restaurar automóveis e havia pintado seu Mustang 68 de amarelo.
A dor da perda foi profunda para seus pais e amigos, que não haviam notado os sinais de problemas psicológicos que Mike enfrentava.
Em 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A cor amarela, inspirada pelo Mustang de Mike, foi escolhida para simbolizar a campanha, com o laço amarelo tornando-se um ícone global de conscientização e prevenção.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) são registrados anualmente mais de 700 mil suicídios. No Brasil, a média dos registros dos últimos 5 anos ultrapassou 15 mil casos anuais, sendo que no ano de 2023 foram mais de 16 mil óbitos auto provocados, ou seja, 43 pessoas cometem suicídio por dia.
Em Santa Catarina, em 2023, foram registrados 962 suicídios, dos quais 76% (738) foram cometidos por pessoas do sexo masculino. Entre crianças e adolescentes, na faixa etária dos 10 aos 19 anos, foram 41 óbitos.
O maior número de casos ocorreu entre os 30 e 49 anos, somando 366 óbitos. Em 2024, até o dia 29 de agosto, os números já chegam a 616 casos, sendo 77% (475) entre indivíduos do sexo masculino. Os dados são do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Desde sua implementação, o Setembro Amarelo tem alcançado um impacto significativo. A campanha não apenas elevou a discussão sobre o suicídio e a saúde mental para o centro das atenções públicas, mas também incentivou a implementação de políticas e programas de apoio em várias partes do mundo.
Ao transformar a conversa sobre esses temas sensíveis e fornecer recursos e apoio, a campanha oferece esperança e ajuda a construir uma sociedade mais compreensiva e acolhedora. A cada ano, o esforço contínuo e a participação da comunidade são fundamentais para avançar na prevenção e apoio a quem precisa.
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Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional gratuitamente, de forma voluntária, 24 horas por dia, por telefone 188, e-mail ou chat pelo site da instituição (www.cvv.org.br).