Sair da zona de conforto: este é o caminho
Uma história de superação, por meio do esporte. Estamos falando do empresário do segmento logístico, Giulio Vath Zarpellon, de 34 anos, que há cinco resolveu dar uma virada de 360º na sua vida, após uma viagem ao Rio Grande do Sul.
Uma história de superação, por meio do esporte. Um caso onde sair da “zona de conforto” foi primordial, objetivando uma melhor qualidade de vida. Um relato de como transpor barreiras psicológicas para se chegar onde quiser. Estamos falando do empresário do segmento logístico, Giulio Vath Zarpellon, de 34 anos, que há cinco resolveu dar uma virada de 360º na sua vida, após uma viagem ao Rio Grande do Sul.
“Numa visita aos meus avós, que moram no litoral daquele estado, fui convidado pelo meu avô materno para caminhar. Lógico, tive muita dificuldade para chegar até a metade do percurso, onde notei que precisava virar aquele jogo, afinal, estava pesando 129 kg”, relata, acrescentando que aquele momento foi um “divisor de águas” na sua vida. “No início, claro, foi tudo muito complicado, pois não sabia qual caminho seguir e, principalmente, o que fazer. É que na juventude, sempre fui gordinho e usei muitos remédios para tentar emagrecer. Mas nesta nova fase da minha vida, isso não seria uma ferramenta. Então, ‘dei a cara para bater’, fazendo tudo que lia e estudava. A partir daí, comecei a caminhar e aos poucos, aumentava o volume e a intensidade”.
Isso faz cinco anos e, desde então, Zarpellon aposta no seu novo estilo de vida, do qual, colhe muitos frutos. “Logo no começo, eu sempre almejei o Triathlon, por achar uma modalidade fantástica. Então, montei um planejamento, iniciando do ‘zero’ até chegar às provas de longa distância, um passo de cada vez. Participei de diversas competições menores para me adaptar e aprender. E, lógico, antes de iniciar esta trajetória, procurei profissionais para que me acompanhassem e me orientassem”, ressalta.
Atualmente, o que motiva o empresário de Pomerode nas provas de longa duração é o desafio, não só de poder completá-las, mas sim, desafiar corpo e mente. “Hoje, minha maior inspiração são pessoas como eu, que se propõem a sair da zona de conforto”. E esse contexto está presente na vida de Zarpellon, uma vez que ele vem se preparando para uma das maiores provas da sua vida: o Ironman 70.3 São Paulo, no dia 10 de novembro.
A versão 70.3 do Ironman recebe esse nome por causa da soma das distâncias, em milhas, das três modalidades. Em quilômetros, serão 1,9km de natação, 90km de ciclismo e 21,1km de corrida, ou seja, 113 km a serem percorridos em até oito horas. A natação, com uma volta, será na raia olímpica da Cidade Universitária da USP. Em seguida, os participantes completarão duas voltas em um circuito de bike, na marginal do rio Pinheiros, e finalizarão a prova com três voltas de corrida dentro do Campus da USP.
A PREPARAÇÃO
Tamanha magnitude da prova exige uma preparação especial. Por isso, o atleta está intensificando os seus treinamentos, que são realizados diariamente. “Treino de segunda a segunda. Normalmente, o início da semana é reservado para atividades mais ‘leves’, as chamadas regenerativas. Mas, depois, o ‘bicho pega’ (risos), onde chego a fazer três sessões em apenas um dia. E nos fins de semanas, os treinos mais longos, para isso, acordo cedo para tentar não atrapalhar a rotina da família. Preciso conciliar o esporte com o trabalho e as pessoas que estão perto de mim, que são a base para que tudo isso possa ser concretizado”, enfatiza.
Zarpellon relata, também, que até a prova de São Paulo, haverá algumas competições e simulados, entre elas, a Meia Maratona de Pomerode e uma etapa do Tri Day Series, a ser realizada no mesmo local onde será o Ironman 70.3 São Paulo.
Nestes anos em que participa de competições, o empresário elege qual foi a que mais marcou a sua vida. “Apesar de muitos amigos acharem, não foi o Meio Ironman de Floripa, mas, sim, o GP Extreme, em Penha, no ano passado. Foi uma prova muito dura que, por pouco, me fez desistir. No entanto, no meio do pedal, encontrei minha família parada no trânsito e lembrei que se tratava da primeira prova que minha filha, na época, com ano e meio assistia e que eu poderia cruzar a linha de chegada com ela nos braços. Sabia, então, que dali para frente seria uma luta, mas teria um valor muito especial. Na última volta da bike, meu pneu furou, devido ao forte calor, mas não pensei em desistir, pois sabia que, no fim, haveria algo muito especial. Como, de fato, aconteceu”, relata.
Depois de realizar a prova em São Paulo, o atleta irá se dedicar ao preparo do Full Ironman. “Mas sempre invento algumas coisas, no meio, para deixar minha esposa e meu técnico meio loucos comigo (risos). Uma curiosidade é que o Ironman é uma marca que contempla duas provas: o 70.3 e 140.4, mais conhecidos por Meio Iron e Full Iron. Ambas são Ttriathlons de longa distância e, logo após, vêm as provas de Ultraman. O esporte me proporciona um momento no qual consigo me desligar de tudo e deixar a mente e o corpo entrarem em sinergia, provando que basta acreditar que somos capazes de tudo. Sair da zona de conforto dá medo, mas é só sua mente tentando lhe sabotar. Por isso, deixo a seguinte dica: se desafie, um dia após o outro, com paciência, determinação e sempre buscando auxílio de bons profissionais”.
Ele encerra com uma mensagem que está em seu Intagram. “2018 acabou e foi o ano mais sinistro da minha vida. Aprendi a lidar com minha mente; aprendi a lidar com as situações mais adversas; aprendi com quem posso contar; aprendi o verdadeiro significado do amor; aprendi que desistir não faz parte do meu dicionário. Mas, acima de tudo, aprendi a viver cada minuto, intensamente… Amei intensamente!!! Pode vir 2019, tô prontinho te esperando. Queria agradecer a todas as pessoas que fizeram este ano ser diferente; fizeram ele ser especial”, finaliza, cheio de orgulho e com muita esperança.