Polícia encontra adolescente suspeito de desviar doações ao RS, em Balneário Camboriú
Adolescente de 16 anos foi encontrado na última sexta-feira
Foto: Divulgação
Na última sexta-feira, 24 de maio, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou a Operação Dilúvio Moral, cumprindo um mandado de busca e apreensão, contra um adolescente de 16 anos, na cidade de Balneário Camboriú.
Foram investigados computadores, celulares e dispositivos eletrônicos utilizados para aplicar golpes. O jovem se intitulava como “Dr. Money” nas redes sociais.
O esquema consistia na criação de um site na internet, o qual imitava uma página oficial do Governo do RS, alarmando a população sobre um suposto desastre histórico no estado.
A partir desse site, os usuários eram redirecionados para uma página falsa do site “Vakinha”, onde uma campanha fictícia de arrecadação de doações era divulgada. A página era promovida pelas redes sociais para atingir o maior número possível de pessoas.
Para dar credibilidade à página, o layout foi manipulado para mostrar que a “campanha” havia arrecadado mais de R$ 2,7 milhões. Na realidade, era um valor fictício destinado a enganar os usuários.
Na página falsa, era exibido um QR Code gerado por uma fintech de checkout, permitindo o pagamento via Pix. O dinheiro da suposta doação era então transferido da loja virtual para um gateway de pagamentos, que encaminhava o valor para o destino indicado pelo golpista.
Neste caso, o dinheiro era direcionado para uma empresa de treinamentos e serviços, da qual o adolescente era sócio-proprietário.
Assim que a fraude foi identificada, a Polícia Civil do RS agiu imediatamente para remover todas as páginas da internet e bloquear todas as contas bancárias vinculadas ao CPF e aos CNPJs do investigado. Em seguida, utilizou ferramentas tecnológicas de investigação para identificar e responsabilizar os suspeitos.
Segundo investigações, o adolescente se apresentava nas redes sociais como “Dr. Money” e afirmava ter alcançado seu primeiro milhão aos 15 anos. Além disso, era sócio-proprietário de duas empresas.
O suspeito também usava as redes sociais para exibir um estilo de vida luxuoso, compartilhando fotos e vídeos em propriedades de alto padrão, e frequentemente publicando comprovantes de recebimentos de altos valores, recebidos através de pagamentos realizados por redes sociais.
Na mesma sexta-feira, a Força-Tarefa solicitou e obteve ordens judiciais para bloquear valores de até R$1 milhão em cada conta do suspeito e das empresas associadas.
Com base nas evidências obtidas durante a investigação, juntamente com os dispositivos eletrônicos apreendidos durante a operação, as investigações continuarão para buscar outras provas e possíveis novos membros do grupo.