Cultura

Os símbolos de Natal e o que eles representam

Nossa cultura possui diversos elementos, que trazem os reais significados do Natal

25 de dezembro de 2021

A cultura germânica tem diversos elementos na celebração do Natal, que até hoje são mantidos nas famílias pomerodenses e são repletos de simbologia. A presidente da Associação dos Artistas e Artesãos em Madeira (Amade), Sandra Greuel, enumerou alguns deles e falou sobre seus significados.

 

Calendário de Advento (Adventskalender)

O Calendário de Advento foi criado em 1851, com a finalidade de contar o tempo antes do Natal. Ele possui as marcações do dia 1º a 24 de dezembro e era utilizado principalmente com as crianças.

“A cada dia, as crianças abriam uma janela do calendário e poderia haver um chocolate, um brinquedo, uma figura. Era a preparação antes do Natal”, disse.

 

Pinheiro de Natal

A tradição do Pinheiro de Natal chegou a nossa cidade com os imigrantes e surgiu por volta de 1611, embora a origem da tradição ainda tenha diversas versões. A cor verde simboliza a vida, relacionada ao nascimento de Cristo. O pinheiro é a única planta que permanece verde, mesmo nos invernos mais rigorosos.

“Na nossa região, a tradição veio com os imigrantes, e como não há neve aqui, é colocado o algodão para representar a neve. Antigamente, não havia as bolas e enfeites de Natal, então eram utilizadas frutas, como a maçã, por exemplo. Com o tempo, os enfeites foram sendo criados e assumiram o lugar das frutas”, explicou Sandra.

 

Stollen

O Stollen é o pão de cristo, representando o Menino Jesus, envolto nos panos. A história conta que a receita foi criada nos tempos do Rei Augusto, em Dresde, na Alemanha, quando ele pediu aos cozinheiros que fizessem um pão diferente para o Natal.

O doce possui uma massa pesada, com frutas cristalizadas e passas, bem como diversas especiarias. Ele deve ser consumido no dia 25 de dezembro, no café da tarde.

 

 

Quebra-Nozes

Todos nós já ouvimos falar, pelo menos uma única vez, da história do Quebra-nozes, o príncipe que após ser enfeitiçado pelo rei dos camundongos se transforma em um boneco de madeira.  “O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos “(The Nutcracker and the Mouse King) foi escrito em 1816, por E. T. A. Hoffman.  

Em 1851, Heinrich Hoffmann escreve o conto “O rei Quebra-Nozes e o pobre Reinhold” . A história é sobre um menino enfermo, que em seus sonhos, é levado por um quebra-nozes a um mundo repleto de brinquedos e ao acordar pela manhã, a criança encontra os brinquedos de seus sonhos junto ao pinheirinho de Natal e recupera a sua saúde.

 

 

Coroa de advento

A decoração surgiu com um pastor evangélico, da cidade de Hamburgo, em 1839, que criou uma maneira de contar o tempo para os meninos de rua, pobres. 

“Ele fez, então, um enfeite, com 24 velas, entre elas as quatro que simbolizam os domingos, eram brancas e as outras vermelhas. A cada noite uma criança acendia uma das velas, até o Natal. Porém, como o enfeite ficava muito grande, foi reduzida a quantidade de velas para quatro, que representam os domingos de Advento. E são utilizadas velas pois Cristo é a luz do mundo”.

 

 

Schwiboggen

A tradição do Arco de Natal surgiu na região da Saxônia, em Erzgebirge, onde há grande extração de prata nas minas. Os mineiros saíam pela manhã, cedo, quando ainda estava escuro, e voltavam também no escuro. 

Então, como forma de homenagear os mineiros e orientá-los no escuro, foi feito o arco, que simbolizava a entrada nas minas, com o formato. O Schwiboggen era colocado nas janelas das casas dos mineiros, iluminado. Para quem tem um hoje em dia, representa que é bem-vindo.

 

Pirâmide de Natal

A pirâmide de Natal simboliza as catedrais luxuosas, e com símbolos de Natal na parte interna do adereço.

“A magia da pirâmide de Natal é o movimento dos símbolos em sua parte interna. Na Alemanha, a pirâmide é movida por calor das velas colocadas ao redor do enfeite. Aqui, como o clima é quente, fazemos modelos motorizados, repeitando as outras características”, finaliza Sandra.

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