Esporte

Um título muito especial

Tenista pomerodense fala sobre a modalidade que aprendeu a amar.

15 de maio de 2021

A ATP – Amigos Tenistas de Pomerode, continua sendo bem representada nas quadras da região. Tanto que, nos últimos fins de semana, a cidade conseguiu colocar atletas entre os primeiros colocados, em competições chanceladas pela Federação Catarinense de Tênis (FCT).

Entre os dias 30 de abril e 02 de maio, as quadras do Bela Vista Country Club, em Gaspar, recebeu o 2º Regional FCT, do qual, a cidade teve a participação de seis atletas: Carlo Wachholz, Alan Carvalho, Alexandre Konell, André Kruger (semifinal), Alexandre Lopes (vice-campeão) e Edson Ganda (campeão), na 5ª classe acima de 34 anos.

Já nos dias 07 a 09 de maio, quatro representantes pomerodenses participaram da 1ª etapa do Estadual Classes FCT, em Joinville: Alexandre Lopes, Alan Carvalho, Edson Ganda e Sérgio Hoefling (semifinal), na 3ª classe acima de 34 anos.

“Obviamente, todos almejam a vitória e, porque não, um troféu de finalista. Porém, colocar os golpes em prática, conforme os treinamentos, e ver a evolução do jogo, é o mais satisfatório”, destaca o professor e fundador da ATP, Carlo Wachholz.

 

Foto: Divulgação


 

A conquista

Ganda conquistou o título do 2º Regional FCT vencendo quatro partidas. “Eu esperava chegar na final, pelo menos. Tinha esse objetivo e estava me sentindo confiante. E confiança no tênis é mais do que 50% do jogo. O título acabou vindo, apesar de alguns erros técnicos e situações que têm que ser melhoradas e trabalhadas”, destaca.

O tenista, de 43 anos, conta que participou de uma etapa de Estadual, pela primeira vez, em 2020, como não-filiado, na qual, chegou até a semifinal. “Gostei da sensação, do ambiente e da competição. Mas aí veio a Covid-19 e não participei de mais nenhuma etapa. Só que, naquelas ‘promessas e metas’ que todo mundo faz no Ano Novo, estabeleci como meta ‘correr’ o máximo de etapas possíveis e ganhar uma etapa de Estadual ou Regional. Então, me filiei à FCT e, até agora, participei de duas competições”, destaca.

 

Particularmente, para mim, o que mais me fascina nesse esporte é a forma como temos que controlar nosso psicológico. A cabeça é tudo no jogo. Mesmo com o oponente do outro lado – por mais forte que seja -, o principal adversário é você mesmo.

 

Praticando a modalidade desde 2016, o representante comercial enaltece o ambiente que a modalidade proporciona para os seus praticantes. “A educação e o cavalheirismo das pessoas é ímpar, algo difícil de se ver em outros esportes. A amizade e, principalmente, a cortesia entre os atletas é fantástica, tanto que a ‘competição’ só acontece dentro de quadra e com muito respeito. Particularmente, para mim, o que mais me fascina nesse esporte é a forma como temos que controlar nosso psicológico. A cabeça é tudo no jogo. Mesmo com o oponente do outro lado – por mais forte que seja -, o principal adversário é você mesmo. E essa ‘luta’ faz a gente crescer como pessoa. E isso, fatalmente, é levado para outras áreas da vida como trabalho, família e sociedade”.

 

 

Assim como a maioria dos que iniciaram na modalidade, de uns tempos para cá, a sua inspiração foi Gustavo Kuerten. “Sempre acompanhei o Tênis, pela TV, principalmente por causa do Guga e de outros astros que admiro, como Roger Federer e Rafael Nadal. Tanto que sempre tive vontade de jogar, mas o trabalho, os estudos e a rotina da vida tornavam a prática difícil. Em 2016, um colega de trabalho me convidou pra fazer aula e foi paixão à primeira vista – ou primeira raquetada (risos). Já conhecia o professor Carlo e isso ajudou bastante. Foi então que comprei uma raquete de ‘segunda mão’ e, a partir daí, comecei a me dedicar e, claro, contar com a paciência do professor, porque depois de certa idade, a agilidade não é a mesma e as dificuldades de execução de técnicas aparecem”, comenta, com bom humor.

Justamente por ter sido muito bem acolhido, outro ponto destacado por Ganda é a ATP. “Ela é fundamental no fomento da modalidade, em Pomerode. Lembro de que, quando comecei, havia, talvez, uns 20 participantes; hoje, nem sei dizer o número de amigos que praticam o Tênis. É bastante gente e tudo isso por meio do trabalho do professor Carlo, do qual, sou muito grato”, finaliza.

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