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Um exemplo de humildade

As qualidades de Dorvalino Ganda jamais serão esquecidas pela família e amigos

30 de agosto de 2021

Um trabalhador de 66 anos, morador de Pomerode, perdeu a vida após sofrer uma queda do telhado de uma empresa, no bairro Itaqui, em Campo Largo (PR). O acidente ocorreu na tarde do último dia 18 de agosto, por volta das 14h50min.

Dorvalino Ferreira Ganda, mais conhecido como Edú, estava trabalhando na manutenção do telhado da Porcelana Schmidt, atingido por um temporal, que causou grande estrago na cobertura. A vítima era funcionário de uma empresa terceirizada e realizava a manutenção no local. A fatalidade ocorreu quando uma telha quebrou e o trabalhador sofreu a queda de uma altura de mais de cinco metros.

Edú era figura conhecida em nossa cidade. Nascido em São Pedro do Suaçuí (MG), no dia 17 de fevereiro de 1955, era o terceiro de 10 filhos. Mudou-se para Pomerode com 35 anos de idade, no início dos anos 1990, quando veio com outros quatro amigos e deixou a esposa grávida e três filhos no Paraná onde residia. “A empresa onde trabalhava estava com dificuldades. Trabalhou por aqui durante seis meses e, após o nascimento da filha mais nova, buscou o restante da família e estabeleceu-se em Pomerode”, relata o filho, Edson Ganda.

Quando menino, Edú trabalhava na roça, com criação de gado e lavoura por empreitada, com a família, além de ter auxiliado na construção da Usina Hidrelétrica de Salto Santiago, no estado do Paraná. Mais tarde, já casado, passou a trabalhar em uma madeireira, até se desligar e vir para Pomerode, onde trabalhou na mesma empresa, até a sua morte.

 

Foto: Divulgação


 

“Meu pai era um cara carismático ao extremo, sempre sorrindo, alegre e brincando com todos. Pessoa generosa, amigo e carregado de histórias. No entanto, tinha um grande defeito, como diz minha mãe: ‘não sabia dizer não’, tanto que ajudava os outros até quando não podia. Como marido foram 45 anos de convivência, cumplicidade e amor, sendo o alicerce da família e sempre primando pelo bem estar de todos, num exemplo de integridade. Como pai, muitas histórias e aprendizado. E como avô, soube aproveitar os netos, sempre com piadas e brincadeiras. Sua maior alegria era ter a casa cheia de amigos e família por perto”, enfatiza o filho.

Ainda segundo Edson, seu pai sempre incentivou os filhos para que fossem respeitosos e corretos com as pessoas. “Sempre pediu que nunca parássemos de estudar e que buscássemos nosso lugar no mundo. Isso estamos passando aos netos dele. Por tudo o que tinha passado na vida, as dificuldades desde criança e por ter formado a família que formou, juntamente com minha mãe, eu o tinha como mais do que um herói. Se fosse necessário, tirava do bolso e do corpo para dar às pessoas que precisassem, por isso, era tão querido por onde passava”, finaliza.

Dorvalino Ferreira Ganda deixou a companheira Siglinda, quatro filhos, dois genros, uma nora, quatro netos, além dos demais familiares e amigos. Seu velório ocorreu na Capela São Ludgero, no dia 20 de agosto, para o posterior sepultamento, no Cemitério Municipal.

 

Mostrando toda a sua irreverância, durante um aniversário, em família  |  Foto: Divulgação


 

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