Especiais

Um amor que só se multiplica

Mãe de menino com Síndrome de Down relata alegria e aprendizados como filho mais novo

9 de maio de 2021

Há cerca de um ano, contamos a história de Sarita da Silva Resner, de 41 anos, que foi mãe pela segunda vez em sua vida, em meio à pandemia. No dia 30 de março de 2020, Igor da Silva Resner veio ao mundo, trazendo alegria para os papais Sarita e Alexandre, além de iniciar uma fase de aprendizados na vida do casal.
Isso porque, no dia do nascimento, eles descobriram que Igor possuía a Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21). 

“Como só descobrimos que o Igor era portador da trissomia 21 após o nascimento, confesso que foi um susto, afinal ninguém espera que isso aconteça. Eu e meu marido passamos pela fase da aceitação, que acredito ser importante nesse primeiro momento. Depois a adaptação foi super rápida e bem tranquila, até hoje passo muita tranquilidade para outras mães que me procuram para informações e indicações”, relata a agente de saúde.

Sarita comenta o sentimento de gratidão por não terem enfrentado tantas dificuldades, como poderia ocorrer, devido à síndrome, e revela que Igor tem muita saúde. “Não tivemos problemas em lidar com a síndrome dele, pelo fato de o Igor ser bem saudável e não possuir nenhuma comorbidade, como outras crianças com a T21. Somos muito abençoados por isso. Igor é uma criança que não nos deu maiores preocupações em relação ao desenvolvimento motor e intelectual”, destaca.

Assim como outros pais que tem o primeiro contato com a Síndrome, é necessário buscar informações sobre o que é a Down e como lidar com ela no dia a dia. E foi isso que fizeram Sarita e Alexandre, para poderem cuidar da melhor forma possível do filho mais novo.

“O conhecimento que eu tinha antes era muito vago, coisas básicas, mas bem mais distante do que quando temos em nossos braços uma criança nessa condição. Depois que ele nasceu, buscamos informações mais detalhadas com profissionais qualificados e pais de crianças com a Síndrome”, afirma. 

 

 

Passado o momento de adaptação, a agente de saúde relata que foi o momento de adaptar a vida da família às necessidades de Igor, para que seu desenvolvimento pudesse ser o melhor possível, e ter as melhores oportunidades na vida. Para isso, o acompanhamento profissional em diversas áreas é indispensável e Sarita conta como a vida da família mudou, em torno disso.

“(Nossa rotina) mudou completamente, temos rotina de terapias semanais, terapias essas que exigem métodos específicos para a condição dele. Desde os seis meses, o Igor faz duas vezes por semana fisioterapia em Timbó, fonoterapia semanal e acompanhamento médico. Já estamos bem familiarizados com nosso dia a dia e com os profissionais envolvidos. E vendo a evolução diária dele, surpreendendo médicos e terapeutas, o cansaço passa despercebido”, enaltece a mãe.

Sarita também destaca que a vinda de Igor foi, na realidade, um dos maiores presentes de sua vida. “É difícil achar uma palavra certa. Posso dizer que Deus me abençoou demais, me enviou dois anjos, meus filhos, mas esse de forma bem especial. Eu não pretendia ter mais filhos, o Igor veio de forma inesperada (risos), mas penso que essa missão estava guardada ainda para mim e que me faz sentir uma mãe mais que especial”.

E, como diz o ditado, em coração de mãe sempre cabe mais um, bem como mais amor, mais carinho e mais força de vontade para lutar pelo melhor pelo seu filho. Por isso, Sarita acredita que seu amor se multiplicou ainda mais, com a chegada de Igor.

“Tínhamos uma visão bem diferente antes de passar pela experiência de ter um filho especial, mas é mágico, pelo fato de você ter um cuidado maior. Tudo se multiplica, a delicadeza, o envolvimento, a preocupação. O tal do cromossomo a mais, é considerado o cromossomo do amor, o olhar sincero, o sorriso no rosto ao vê-lo, tudo no final vira sorriso, independentemente de qualquer situação, tudo é motivo de alegria pra ele. É impossível não se transformar tudo em amor”, finaliza.

 

 

Notícias relacionadas