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Quatro gerações e muitas histórias

Família Knopf mantem as quatro gerações unidas, transmitindo histórias e ensinamentos

9 de agosto de 2020

Nada, no mundo, substitui o valor de uma família em nossa vida. Por isso quem tem o privilégio de conviver com sua família completa, por vários anos, não esconde a alegria em ter essa dádiva. Esse é o caso da família Knopf, que fala com orgulho das quatro gerações de homens da família, que mantém o legado vivo e podem conviver e trocar experiências.

O patriarca da família é Engelbert Knopf, de 81 anos trabalhou por 41 anos na Porcelana Schmidt, e fala com alegria sobre a possibilidade de conviver com o filho, Rui Carlos Knopf, 56, o neto, Thiago Knopf, 32 e agora o bisneto, Martin Steinert Knopf, um ano e oito meses.

Agora bisavô na família, Engelbert fala com orgulho sobre o emprego na Porcelana Schmidt, que foi o único durante toda a sua vida. E esta é uma tradição também mantida pelas gerações seguintes, já que seu filho, Rui Knopf, também manteve-se em uma mesma empresa, por 35 anos e o neto, Thiago, já segue os mesmos passos, com mais de 10 anos de casa, em seu emprego.

 

 

Há mais um fato curioso sobre a família Knopf, que é relatado pelo representante da segunda geração, Rui Carlos. “Desde o meu bisavô, Emanuel Knopf, o primeiro membro da nossa família a chegar em Pomerode, o primeiro filho de cada casamento ocorrido é sempre do sexo masculino. Essa ‘tradição’ é mantida até hoje, com os meus netos e há cinco gerações isso ocorre”, comenta Rui Knopf.

A família procura se reunir regularmente, para que tenham um tempo juntos, claro, antes da pandemia. Os Knopf estão juntos em datas comemorativas, principalmente, com troca de presentes, que não pode faltar. Agora estão mais em casa, principalmente os pais, Engelbert e Edeltraut Knopf, que não saem de casa desde fevereiro.

“Procuramos cuidar deles, para que ainda estejam conosco. Nos dá muita alegria poder ter meu pai e minha mãe conosco, transmitindo seus ensinamentos suas lições de vida, de persistência não só a mim, mas aos mais novos, também”, enaltece Rui.

Para Engelbert, a maior alegria foi quando os netos e bisnetos nasceram e adora quando recebe suas visitas. “Quando se é avô e bisavô, há mais tempo para curtir os netos e bisnetos, o que traz muita alegria”, afirma.

A família também fala com orgulho de Emanuel Knopf, primeiro membro a vir para Pomerode. Ele nasceu no ano de 1873 e faleceu em 1961 e trabalhou durante boa parte da sua vida com pedras brutas. “Ele ajudou na construção da Ponte do Salto, da Ponte do Weege e na construção da própria indústria. Na década de 40, porém, houve um acidente de trabalho, em que estilhaços da pedra atingiram o rosto dele, deixando-o cego. Mesmo com a deficiência visual, acendia o fogo e sempre preparava o café, e brigava com os filhos e netos, quando havia bagunça em casa, já que dificultava para que ele andasse dentro da casa”, conta Rui Knopf.

O pai de Engelbert, José Knopf, também é lembrado com carinho pela família. Segundo Rui, ele tinha um alambique e fabricava cachaça, cujo nome da marca era Caninha Garoa. “Faziam melado, muss e açúcar mascavo, também. Temos muito orgulho da nossa, família, com certeza”, finaliza Rui.

 

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