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O amor ao estender a mão

Grupo Vida Rosa tem diversos meios para oferecer o máximo de apoio a quem enfrenta o câncer

8 de outubro de 2020

O apoio mencionado por pacientes nas histórias contadas anteriormente neste caderno é parte das ações propostas pelo Grupo de Apoio Moral e Motivacional Vida Rosa, existente na Rede Feminina de Combate ao Câncer de Pomerode. 

A Rede Feminina também atua com o Grupo Vida Rosa nas visitas domiciliares mensalmente ou quando há necessidade. Essa visita, de acordo com a coordenação do Grupo, acontece com agendamento via telefone e sempre em duplas com as voluntárias. 

A coordenadora do Grupo Vida Rosa, Magrit Krueger, iniciou na equipe a convite da atual presidente da entidade Marineuza Henschel, e passou a fazer parte deste Grupo pela paixão em estar em contato com as pessoas. Ela explica que são nove voluntárias responsáveis pelas visitas e que é necessário um dom para lidar com as diversas situações.

 

“A Rede Feminina é tudo e há muita união entre as voluntárias, dedicação em todos os setores. Para oferecer o apoio aos pacientes, nós emprestamos os ombros, ouvidos e deixamos que a pessoa desabafe, fale sobre seus medos, aflições, expectativas, sobre tudo o que está sentindo, porque ela sempre tem muito a dizer”, afirma a coordenadora do Grupo Vida Rosa, Magrit Krueger.

“Nestas visitas, procuramos ouvir, tirar dúvidas e levar conforto através de palavras e gestos. Também quando há necessidade, auxiliamos com fraldas, lenços de cabeça, gorros e até cestas básicas.  Nosso trabalho é de acolher, doar e acalentar cada paciente no estado que se encontra”, explica Ana Lúcia Lieskow, coordenadora do setor de terapias.

Além das visitas das voluntárias aos pacientes que estão tratando o câncer e também a quem já venceu a doença, o Grupo oferece diversas terapias e serviços complementares, como psicoterapia e grafoterapia, com psicólogas, nutricionista, fisioterapeuta, enfermeira, Reiki, Yoga, acupuntura e dança circular.

“As terapias contribuem para auxiliar os pacientes a entender, aceitar e realizar o tratamento adequado, pois muitas vezes, ao receberem o diagnóstico de câncer, o pacientes entra em conflito, com medos, inseguranças e sem saber como seguir em frente. Nesta hora é que a Rede Feminina atua, oferecendo todo o suporte que necessita”, acrescenta Ana Lúcia. 

Com muito amor e dedicação a Rede busca, também, incentivar e estimular os pacientes a manterem suas atividades do cotidiano, suas rotinas, pois muitos deles, devido ao tratamento encontram-se debilitados, com lesões e sequelas. “Acreditamos que corpo e mente trabalham juntos e, movimento é vida.  Desta forma, ao se afastarem de suas atividades, os pacientes podem ter prejuízos de seus estados físico e mental, por isso, buscamos trazer e estar perto de cada um de forma bem especial”, afirma Ana Lúcia.

Presente na maioria das visitas aos pacientes em tratamento, Magrit comenta, emocionada, que foram vários momentos inesquecíveis ao ter este contato com os pacientes e suas famílias. “Uma cena marcante foi quando fomos fazer a primeira visita a uma família mais humilde, que tinha uma paciente com câncer. Quando chegamos, a família toda estava esperando e todos foram às lágrimas e se abraçaram ao nos verem, como se fossemos a salvação. Essa cena eu nunca mais esquecerei”, declara.

Mesmo durante a pandemia, Magrit garante que faz questão de manter o contato próximo com os pacientes, pois é um trabalho indispensável. O contato é feito por telefone, WhatsApp e até mesmo por chamadas em vídeo. “Não é fácil, mas enquanto eu puder, continuarei na ativa, porque é maravilhoso. Continuo me doando para fazer este trabalho, porque o amo muito”, enaltece.

 

Para Ana Lúcia, o trabalho realizado pela Rede Feminina de Pomerode é maravilhoso e de suma importância para a sociedade pomerodense. 

“Venho aprendendo cada dia mais e me sinto privilegiada por fazer parte desta família cor de rosa, do movimento humanizado e seus serviços prestados com muita ética, comprometimento e excelência. Através desses seres de luz continuo acreditando que ainda existem ‘anjos’ disfarçados no nosso meio, o que nos afaga, nos consola e trazem amor, carinho e esperança sutilmente com seus gestos simples, seus atos de bondade e acolhimento. Sou muito feliz e abençoada de fazer parte da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Pomerode”, destaca.

 

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