JP Saúde – Silencioso, câncer renal é mais frequente nos homens

O câncer de rim representa, pelo menos, 3% de todas as doenças malignas que um dia podem acometer o ser humano adulto. Considerado o terceiro tumor mais frequente no aparelho urinário, a doença atinge, geralmente, pacientes de 50 a 70 anos, com maior frequência no sexo masculino, uma vez que a patologia atinge uma proporção de dois homens para cada mulher.

A América Latina está na quinta colocação em relação à incidência do câncer de rim, ficando atrás da América do Norte, Europa, Oceania e Ásia. Na maioria dos casos, o carcinoma se desenvolve dentro de um dos órgãos, mas pode acontecer também de surgirem dois ou até mais tumores dentro de um ou de ambos os órgãos simultaneamente. De acordo com o urologista Raphael Lahr, os fatores de risco para o câncer renal incluem tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, genética, diálise e uma doença chamada Von Hippel-Lindau.

Já os sintomas relatados em 6% a 10% dos pacientes são dores no flanco, sangue na urina e massa abdominal palpável. No entanto, trata-se de uma doença silenciosa. Segundo o especialista, a forma mais frequente de diagnóstico ocorre em achados incidentais em exames de rotina, como a ultrassonografia do abdômen. 

A má notícia é que o único tratamento com cura definitiva é a remoção total ou parcial do carcinoma, em geral, por meio de cirurgia. “A retirada em bloco do rim afetado e seus revestimentos é o tratamento tradicional. No entanto, com a evolução dos diagnósticos e os achados cada vez mais precoces de pequenas massas renais, a extração radical vem caindo em desuso e a literatura médica recomenda remoção parcial”, explica o médico.

O tratamento parcial consiste na retirada do tumor com pequena margem de segurança, preservando-se, dessa forma, o restante do parênquima renal.  Outro avanço no tratamento, conforme Lahr, é a forma com que ocorre a cirurgia. Hoje, o procedimento é feito via videolaparoscópica, com pequenas incisões, o que oferece os mesmos índices de cura da cirurgia aberta, porém, com menor tempo de internamento, menos dor pós-operatória e retorno mais breve às atividades profissionais.

Dr. Raphael Lahr, Médico urologista

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