Saúde

Hospital Santa Isabel realiza primeira cirurgia torácica de Santa Catarina com robô

Equipe de especialistas do hospital de Blumenau faz procedimento inédito para tratamento de metástases pulmonares

12 de junho de 2020

O Hospital Santa Isabel (HSI), de Blumenau, realizou recentemente a primeira cirurgia torácica robótica de Santa Catarina. O procedimento aconteceu no dia 29 de maio, sob comando dos doutores Eduardo dos Santos Ballester e Marina Frandoloso, médicos do Corpo Clínico do HSI, especialistas em cirurgia torácica e habilitados para operar o robô-cirurgião Da Vinci Si. O Santa Isabel é o único hospital do estado catarinense a oferecer esse serviço, que está prestes a completar um ano de operação.

De acordo com o Dr. Eduardo, a cirurgia foi realizada para tratamento de metástases pulmonares – pequenos focos de tumor que se espalham no organismo e se alojam longe da origem da doença. A Dra. Marina explica os benefícios para o paciente quando o procedimento é feito por via robótica: “Essa tecnologia diferencia-se das técnicas de cirurgia convencionais pelas pequenas incisões, que resultam em cicatrizes menores, menos dor e sangramento e uma recuperação mais rápida no pós-operatório”, afirma.

“Para nossa equipe, além de honrados por realizar a primeira cirurgia torácica robótica do estado, sentimos um orgulho imenso de chegar ao nosso objetivo, tendo o reconhecimento do esforço despendido e horas de treinamento longe da família”, explica o Dr. Eduardo. “Mas, principalmente a certeza de que nossa preocupação em realizar uma cirurgia segura e com melhor resultado oncológico fará diferença na qualidade de vida do paciente após a cirurgia”, complementa a Dra. Marina Frandoloso. Blumenau é apenas a segunda não-capital do Brasil a contar com um robô-cirurgião.

 

A cirurgia robótica e pós-operatório

O robô é controlado por um médico credenciado e, com mínimas incisões, consegue-se realizar o procedimento com as pinças robóticas realizando os exatos movimentos da mão do cirurgião nos controles dentro da cavidade torácica. “Agrega-se à sua técnica cirúrgica habitual a precisão que as imagens em 3D e os filtros de movimentos do robô proporcionam, por meio da câmera e das pinças robóticas, que compõem os braços do equipamento”, explica a Dra. Marina.

No pós-operatório, é possível notar, logo nas primeiras horas, uma evolução favorável do paciente, com aparente menor trauma cirúrgico, permitindo alta hospitalar mais precoce. O paciente da primeira cirurgia torácica, após ressecar uma grande parte do seu pulmão, recebeu alta hospitalar no segundo dia após o procedimento. Em casa, a recomendação é que o paciente descanse e evite exercícios físicos ou esforços. Geralmente, a partir da segunda semana de pós-operatório, a vida e as atividades cotidianas podem retornar ao normal.

Fonte: Rafael Teixeira/Loures

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