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Editorial

Na edição passada, apresentamos reportagem sobre o projeto de construção de um aeroporto em Pomerode, mais precisamente na localidade de Testo Central.

19 de dezembro de 2019

Na edição passada, apresentamos reportagem sobre o projeto de construção de um aeroporto em Pomerode, mais precisamente na localidade de Testo Central. A matéria alcançou expressiva repercussão junto à comunidade local, pois trata-se de um empreendimento arrojado e que trará benefícios múltiplos para alguns segmentos da nossa sociedade, principalmente para os empresários, e a torcida é para que nosso campo de pousos e decolagens de aeronaves chegue ao seu termo no mais curto espaço de tempo que a tecnologia permite.

Mas, ao mesmo tempo em que um bom número de pomerodenses aplaudiu com entusiasmo o projeto, outro tanto, embora sem desmerecer a necessidade e o alcance da existência de um aeroporto em nosso município, pergunta-se insistentemente como é que vai ficar, ou melhor, o que será feito, de  imediato, para a conclusão das obras da estação rodoviária municipal, cuja construção foi iniciada na administração passada, e onde a atual não mais assentou sequer um tijolo, fato que muitos consideram como desperdício de dinheiro público e falta de consideração para quem não pode sequer sonhar em andar de avião, mas necessita de locomoção por via rodoviária, e muito.

Conhecemos muitas cidades, menores e menos expressivas economicamente que Pomerode, mas que têm suas estações rodoviárias no tamanho ideal e com todos os itens de infraestrutura necessários, até com serviços de lanchonetes, restaurantes, bancas de jornais e revistas e ainda outros confortos para os usuários do transporte rodoviário de passageiros.

Quem quer que tenha de locomover-se por rodovias, usando o transporte coletivo, sabe das dificuldades que a falta de um terminal rodoviário adequado faz em Pomerode, não obstante a boa vontade do pessoal que atualmente explora o serviço de vendas de passagens das diversas empresas que têm rotas passando pela nossa cidade. Mas, com certeza, para os passageiros de ônibus não basta serem bem atendidos na compra de suas passagens, se depois são obrigados a esperar o coletivo mal acomodados, em pé, ou seja lá de qualquer jeito. Quem se serve do transporte aéreo sabe que, por mais diminuto que seja o aeroporto ,normas específicas exigem a existência de vários itens que tragam conforto aos usuários, principalmente boas acomodações onde aguardar a hora do embarque, e que isto não é favor nenhum, já os custos globais estão embutidos nas passagens, taxas de embarque, ou seja lá o nome que se dê à forma de cobrança. Nas estações rodoviárias, igualmente, paga-se pelo conforto, ele sai do bolso do usuário. E, no caso de Pomerode, acreditamos que a cobrança de taxas de embarque, uso de instalações sanitárias, mas, principalmente locação de salas para que particulares explorem serviços, acabaria por compensar, ao longo do tempo,os custos de construção e apronto do terminal rodoviário municipal.

Que os nossos administradores ouçam a voz do povo que não pode usar avião em seus deslocamentos. O aeroporto será ótimo e muito bemvindo, até porque representa investir numa perspectiva mais ampla de crescimento econômico. Mas, que não se descuide da conclusão do terminal rodoviário, tanto para o conforto da maioria da população pomerodense, como para que não tenhamos mais uma obra inacabada e, por consequência, inservível, onde já se pôs uma batelada de dinheiro dos nossos impostos suados, a troco de nada!

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