Educação

Cultivando cidadania e responsabilidade social

Projeto da EEBM Duque de Caxias estimula sustentabilidade desde cedo nos alunos

4 de julho de 2021

Estimular a prática da sustentabilidade desde cedo é uma das formas de educar cidadãos mais conscientes para o futuro. Por isso, existe um projeto na Escola de Educação Básica Municipal Duque de Caxias que fomenta práticas como reutilização de água e cultivo sustentável. A iniciativa de cultivo hidropônico de alface foi realizada com a turma da creche mista, que engloba crianças de dois a menos de quatro anos, da professora Jaqueline Wagenknecht.

De acordo com a educadora, o projeto iniciou ainda no ano de 2020, em conversas na sala de aula, quando a turma trabalhava o tema da importância do consumo sustentável da água. A partir daí, surgiu a sugestão de reutilizar a água do ar-condicionado e perguntaram-se como ela poderia ser feita.

“Começamos captando a água do ar-condicionado e utilizando-a para regar as plantas que já tínhamos na escola, além de plantarmos algumas flores, também. Porém, veio a pandemia e, mesmo à distância, tentamos continuar trabalhando algum tema que envolvesse a natureza, ao redor das casas das crianças. Quando retornamos às aulas presenciais, neste ano, percebemos a necessidade de voltar a estimular, também, a alimentação saudável, com saladas, principalmente. Foi aí que surgiu a ideia de cultivar a alface”, conta Jaqueline.

 

 

Foi o momento, então, de pesquisar de que forma o plantio poderia ser feito. A professora procurou formas de realizar este cultivo e encontrou um artigo sobre a hidroponia, o cultivo com água. A alface é uma das variedades que poderia ser cultivada desta forma, pois as raízes conseguem filtrar a água reutilizada do ar-condicionado. 

“Para envolver ainda mais as crianças nas práticas sustentáveis, eu pensei em utilizar somente coisas que seriam descartáveis, trazendo, também, a participação da família, que é essencial neste processo. Para isso, decidimos fazer o cultivo dos pés de alface em potes plásticos de sorvete, fornecidos pela família, cada um com o seu”, explica a professora.

As crianças puderam aprender sobre a estrutura da planta, acompanhar sua evolução e descobrir quando ela está pronta para ser consumida. Ainda, os pés de alface cultivados pelas crianças eram utilizados na sua alimentação, como forma de incentivo a uma dieta mais saudável.

 

 

“Foi uma forma de trazê-los para a prática, algo que sempre busquei fazer nas aulas, com atividades fora da sala. Com a pandemia, muito deste contato com a natureza se perdeu e o objetivo do projeto foi justamente este, retomar as vivências na natureza, estimulando a práticas sustentáveis e a alimentação saudável. E o recebimento das crianças está sendo muito bom, as famílias sempre mandaram as devolutivas, com imagens das crianças lavando as folhas de alface, aproveitando-as nas refeições e se divertindo com isso. Esta também foi uma boa forma de envolver a família, em uma parceria com a escola”, enaltece Jaqueline.

Para a educadora, estimular a independência das crianças também é fundamental e, por meio do projeto, elas desenvolvem a própria autonomia, sentindo-se importantes por ações como ajudar a preparar as refeições, em casa, sendo responsáveis por alguma etapa.

“Educação infantil é isso, trazer a criança para as ações do dia a dia, estimulando seu desenvolvimento educacional e social, por meio de iniciativas simples, mas que têm um valor inestimável”, finaliza Jaqueline.

 

 

Notícias relacionadas