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Cor-de-rosa: esperança também para os homens

Claudio Burghardt enfrentou o câncer e recebeu o carinho da RFCC de Pomerode nesta batalha.

6 de outubro de 2020

Embora a entidade se intitule Rede Feminina de Combate ao Câncer, a RFCC não limita o seu apoio às mulheres que lutam contra o câncer. Segundo a diretoria da entidade, são poucas as pessoas que sabem que a Rede também oferece apoio ao homens que estão na batalha contra o câncer, e que o rosa da entidade também os acolhe.

Claudio Burghardt, de 52 anos, encontrou na Rede uma forma de ter a energia positiva para enfrentar a provação de lutar contra uma doença grave como o câncer. Ele descobriu o câncer no reto há oito anos, em junho de 2012 e, como em muitos dos casos, a descoberta foi um choque.

“Na época, a notícia foi um baque, foi como se o meu mundo caísse, mas eu me apeguei a Deus, como sempre fiz, desde que me entendo por gente, na certeza de que passaria com isso, com Ele. E dediquei o meu foco a tentar enfrentar essa batalha”, conta.

Quando descobriu o câncer, o trabalho da Rede Feminina em relação às visitas e acompanhamento dos pacientes que tiveram o diagnóstico positivo para o câncer ainda não era tão intenso como é atualmente, mesmo assim, algumas voluntárias conhecidas de Burghardt buscavam saber como andava o seu progresso e ajudar no processo de enfrentamento.

Quando o casal se mudou para o atual endereço, em Testo Central, em meados de 2015, o acompanhamento da Rede se tornou mais forte e as visitas, mais frequentes. A partir daí, o apoio se tornou ainda mais fundamental na sua recuperação.

 

Elas vieram dar o apoio, buscaram oferecer a sua ajuda na minha luta contra o câncer. As voluntárias normalmente trazem folderes, com informações importantes sobre os cuidados a serem tomados. Por exemplo, com relação à alimentação, dando a dica de que o açúcar ajuda a ‘alimentar’ o câncer. São conhecimentos úteis, coisas que não sabíamos antes.

 

“Elas vieram dar o apoio, buscaram oferecer a sua ajuda na minha luta contra o câncer. As voluntárias normalmente trazem folderes, com informações importantes sobre os cuidados a serem tomados. Por exemplo, com relação à alimentação, dando a dica de que o açúcar ajuda a ‘alimentar’ o câncer. São conhecimentos úteis, coisas que não sabíamos antes. É um trabalho gratificante o que elas fazem”, comenta Burghardt.

Além dos cuidados relacionados à saúde física, um aspecto importante na recuperação dos pacientes que enfrentam o câncer é a saúde mental, uma vez que o psicológico fica abalado com a descoberta de uma doença grave. Neste ponto, para a esposa de Claudio, Marilise Burghardt, o acompanhamento das voluntárias da Rede Feminina também foi fundamental.

 

Claudio oferece uma rosa, como forma de gratidão ao apoio das voluntárias (Foto: Isadora Brehmer / Jornal de Pomerode)


 

“Quando se descobre o câncer, temos que aprender a lidar. As visitas das voluntárias levantam o astral, elas são ‘para frente’, trazem a conversa positiva, o pensamento positivo, então, ajudam a manter a alegria de viver. Quando elas nos visitam, o Claudio faz café, prepara tudo, porque elas vêm com um ânimo que levanta o astral da pessoa e isso o deixa feliz. Com certeza, é de suma importância este acompanhamento e presença constante da rede”, enaltece Marilise.

Ela é a companheira inseparável na caminhada, quem sempre está ao lado, ajudando e tomando conta do marido, inclusive, foi voluntária da Rede por um tempo, ajudando na sede, uma vez por semana.

Após o tratamento contra o câncer, Burghardt precisou enfrentar uma leucemia que, felizmente, também foi vencida. Agora, ele está na fase de acompanhamento médico, com o quadro estável e tendo consultas a cada seis meses. Esta fase de acompanhamento deve permanecer por, pelo menos, mais cinco anos. “Minha última quimioterapia foi em 2018 e mesmo em acompanhamento, eu me sinto curado”, ressalta.

 

É um trabalho muito essencial e é gratificante que fazem pela comunidade. Para quem está com o mesmo problema, é bom aceitar essa ajuda da rede, não negar, porque faz toda a diferença, como fez para mim e foi uma grande e imensurável ajuda. 

 

Mesmo após tantos, o carinho recebido pelas voluntárias da Rede Feminina de Pomerode continua o mesmo para com Claudio. Este, por sua vez, fala com gratidão sobre o apoio recebido e faz questão de enaltecer o belo trabalho realizado por toda a equipe que veste o cor-de-rosa como uniforme.

“É um trabalho muito essencial e é gratificante que fazem pela comunidade. Para quem está com o mesmo problema, é bom aceitar essa ajuda da rede, não negar, porque faz toda a diferença, como fez para mim e foi uma grande e imensurável ajuda. E é algo feito do coração, elas não ganham nada por isso. Torço e rezo para que continuem com esse trabalho maravilhoso e só tenho a agradecer a elas, e também a Deus por olhar por elas, porque são anjos da vida. Eu as considero como uma família, uma nova família. Que continuem firmes neste trabalho maravilhoso”, ressalta Claudio.

 

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