Meio Ambiente

Baleia transportada pela BR-101, nesta segunda-feira, passa bem

A cachalote-anã está em atendimento na R3 Animal, com quadro de saúde estável.

20 de outubro de 2020

A cachalote-anã (Kogia sima) que chegou ao Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM), no fim da tarde desta segunda-feira, 20 de outubro, amanheceu estável nesta terça-feira. Ela está sendo monitorada e hidratada 24h, dentro de uma piscina específica para cetáceos, e acompanhada por equipes de técnicos e voluntários, na Associação R3 Animal, localizada no Rio Vermelho, em Florianópolis. Os resultados dos exames são esperados para tentar esclarecer a possível causa do encalhe e melhor avaliar a saúde do animal.

“Só o fato do encalhe, aliado a todo o tempo que ela passou fora da água, provoca bastante desidratação. A partir do resultado dos exames microbiológicos e de sangue coletados, vamos poder avaliar melhor o quadro de saúde do cetáceo”, explica a responsável técnica do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) / R3 Animal, a médica veterinária Marzia Antonelli.

A cachalote-anã é uma fêmea, com três metros de comprimento e 370 quilos. Ela encalhou na praia da Ribanceira, em Imbituba, na manhã desta segunda-feira, e chegou a ser desencalhada, por duas vezes, por pescadores e moradores, mas encalhou novamente. As instituições executoras do PMP-BS naquela região, Instituto Australis e Udesc, juntamente com o Protocolo de Encalhes da APA da Baleia-franca, foram acionados e optou-se, então, pela translocação do animal até Florianópolis. Uma equipe da R3 Animal, composta por veterinários, biólogos e oceanólogo, foi enviada para fazer o transporte em um trailer adaptado para transportar animais marinhos. A operação contou com o apoio e a escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e foi realizada na tarde deste dia 19 de outubro.

 

Foto: Nilson Coelho  / R3Animal


 

As cachalote-anãs vivem em águas profundas em todos os mares temperados, tropicais e subtropicais, por isso, são dificilmente avistadas próximas às praias. Possuem a cabeça quadrangular e têm coloração cinza-azulado escuro no dorso, com ventre mais claro. Alimentam-se de lulas, pequenos peixes e crustáceos e constam na lista de animais ameaçados de extinção. Para tentar escapar de predadores, elas soltam um líquido escuro a partir do intestino.

Com informações: R3 Animal

 

Veja o vídeo do transporte pela BR-101:

Crédito: PRF


 

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