Educação

Adaptações em busca do conhecimento

Estudante do 3º ano do Ensino Médio fala sobre desafios da preparação para o Enem e vestibular, em meio à pandemia

16 de agosto de 2020

O Dia do Estudante, neste ano, está sendo um marco por ser muito diferente do que todos estavam habituados a viver. A pandemia do novo coronavírus provocou a suspensão das aulas presenciais e obrigou escolas, professores e estudantes a adotarem um novo modelo de ensino, chamado de não-presencial.

Com aulas on-line tornaram-se uma constante na vida de professores e alunos, modificando a maneira de cada um estudar. E, para os estudantes que estão encerrando a sua trajetória no ensino básico, no último ano do ensino médio, é também a hora de se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio e para os vestibulares, a fim de garantirem uma vaga no Ensino Superior.

Este período da vida estudantil é repleto de apreensão e também de pressão em torno dos alunos, que começam a escolher o caminho que podem trilhar pelo resto da vida. A estudante Alana Sell, de 17 anos, está cursando o 3º ano do Ensino Médio, no Colégio Sinodal Doutor Blumenau e falou um pouco sobre a rotina de estudos, preparatória para estas provas, em meio à pandemia do novo coronavírus.

 

 

Ela conta que está estudando em casa desde o mês de abril e, no início do ano, ainda não havia uma preparação especial voltada ao Enem, mas que buscou aproveitar ao máximo o que o material didático e o que os professores poderiam lhe oferecer.

Mas conforme o ano foi passando, o Exame passou a se tornar pauta para os estudantes terceiranistas, com a necessidade de uma preparação mais intensa. Por ser à distância, foi necessária adaptação ao novo modelo de estudos.  “Agora sinto que consegui me adaptar bem. Apesar das dificuldades do ensino à distância, nós temos toda semana várias vídeo-chamadas com os professores nas quais podemos tirar dúvidas. Além disso, é possível mandar mensagem na plataforma digital da escola. Só é preciso manter o foco para correr sempre atrás da matéria”, comenta Alana.

O estudo não presencial, de forma geral, foi uma mudança drástica para os alunos, ainda mais para quem está no último ano do ensino básico. “Confesso que no início foi muito difícil imaginar passar meses tendo aula remota logo no último ano. Com o tempo eu fui me acostumando. Mas me sinto privilegiada por ter acesso à internet e a todas as vantagens que ela proporciona”, ressalta Alana.

Ainda sobre a preparação para o Enem, a estudante conta que o material didático do segundo semestre do terceiro ano, no Colégio Doutor, é totalmente voltado à revisão para os vestibulares. A escola, de acordo com Alana, também trouxe simulados digitais. “Além disso, eu vou poder assistir a ‘aulões’ a partir do final de agosto, em que a escola vai trazer palestras”, afirma.

Para a estudante, existem as vantagens das aulas não presenciais, mas nada se compara a poder frequentar a escola e dividir experiências e conhecimento com seus colegas. “Estudar on-line possui algumas vantagens: mais tempo para fazer tarefas e estudar, além de poder passar o dia de pijama (risos). Porém sinto muita falta dos meus amigos e professores. Passar esses meses longe de todos é muito difícil. No início do ano eu tinha muitos planos de aproveitar esse tempo com meus amigos e criar memórias incríveis. O terceiro ano é algo com que qualquer aluno sempre sonha e o último ano sem as responsabilidades da vida adulta. Fico feliz que eu ainda tenho a oportunidade de me comunicar por mensagem com todos. Mas espero que depois da quarentena eu possa compensar o tempo perdido”, destaca.

 

Olimpíadas estudantis paradas

Alana também foi uma das estudantes que participou da Olimpíada Brasileira de Biologia, realizada antes do agravamento da pandemia no Brasil. Ela e o colega Rodrigo Bahr Klotz, de 15 anos, fizeram a prova ainda na escola, e se classificaram à próxima fase. Esta, foi adiada e não tem uma nova data para ser realizada, devido à situação da pandemia.

Os estudantes contam que a participação em olimpíadas educacionais, como esta, contribuem para a formação acadêmica e afirmam que houve uma preparação especial algumas semanas antes da realização da primeira etapa, aprimorada por estudo feito por conta própria.

“Eu fiquei muito satisfeito, visto que eu nunca tinha participado de uma olimpíada de biologia antes. Pretendo, sim, participar mais vezes, pois estas olimpíadas são meios de testar meus conhecimentos sobre assuntos diversos”, afirma Bahr.

“Acredito que olimpíadas como esta ajudam muito na preparação psicológica para o vestibular e também no desenvolvimento de raciocínio lógico. Além disso, pude revisar os conteúdos de Biologia”, enaltece Alana.

 

Novo cronograma do Enem

1ª Prova:
17 de janeiro de 2021
2ª Prova:
24 de janeiro de 2021

Enem digital:
31 de janeiro de 2021
7 de fevereiro de 2021

Resultado:
29 de março

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