Especiais

A solidariedade em primeiro lugar

Pomerodense presta apoio para retirada de árvore que caiu na SC-421, após passagem do Ciclone Bomba

11 de julho de 2020

O último dia do mês de junho ficou marcado pela passagem de um forte ciclone que atingiu todo o estado de Santa Catarina e que trouxe danos e prejuízos em grande parte das cidades do estado. O “Ciclone Bomba”, chamado assim pelos meteorologistas, se formou de maneira rápida e sua passagem também não durou muito, porém, os estragos que foram provocados ficavam em evidência nas residências destelhadas, árvores caídas por toda parte e a fiação de energia elétrica que foi muito prejudicada, deixando muitas regiões sem luz, por muitos dias após a ventania. 

 E, na região de Testo Central, quedas de árvore na rodovia SC-421, que liga Pomerode a Blumenau, foram registradas em diversos pontos diferentes da estrada. Por se tratar de uma tempestade de grandes proporções, a demanda era grande e tanto a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, que geralmente ajudam na remoção dessas árvores, não conseguiam atender essas ocorrências que, a todo momento, apareciam e, com isso, o espírito voluntário entrou em cena.

Erno Hackbarth, 60 anos, estava em casa durante o temporal. Felizmente, em sua residência, não houve danos e prontamente, ele se dirigiu ao C.C.T. Testo Central, para verificar se o temporal trouxe prejuízos ao local, já que o mesmo, é o presidente do clube. Ao chegar, viu que havia uma árvore caída na rodovia, interrompendo parcialmente o trânsito, gerando transtornos aos motoristas que ali passavam. Foi aí, então, que com sua Ford Pampa 1985, resolveu tirar a árvore do meio do caminho, amarrando-a com um cabo de aço e levando a mesma para ao lado da pista, deixando o trânsito livre, no local.

 

“Quando avistei aquela árvore, a primeira coisa que pensei foi em tentar tirar ela do meio do caminho. Amarrei ela, entrei no carro e fui tentando tirá-la, até que eu consegui deixar ela em um local que não atrapalharia mais o fluxo de carros por lá. Me sinto bem em poder ajudar e se eu poderia tirar ela dali, por que não auxiliar?”, relata o aposentado.

Hackbarth afirma que possui a Pampa há, aproximadamente, 15 anos e já ajudou a retirar veículos que tiveram problemas e ficaram pelo meio do caminho. “Ela é a minha companheira de trabalho. Hoje estou aposentado, mas trabalho com pedreiro, não consigo ficar parado. Já ajudei a retirar carros que tiveram problemas mecânicos e ficaram na rodovia, para que se evite acidentes. Sempre em que posso ajudar, vou e faço com toda vontade do mundo”, comenta.

O aposentado, que também é presidente do Clube, comenta que não havia visto algo parecido com o Ciclone Bomba. “Já vi muitas ‘trovoadas’, chuva com ventos fortes, enchentes e alagamentos, mas eu nunca tinha visto algo igual ao Ciclone que aconteceu na semana passada, foi algo muito forte, um negócio impressionante. Tanto que, tivemos prejuízos com as telhas do Clube e levamos um tempo para poder arrumar e deixar tudo como estava, em sua normalidade. Realmente, foi algo que jamais tinha visto”, finaliza.

 

 

Notícias relacionadas