Jovem que desapareceu com amiga em 2018 é identificada após crânio ser encontrado, em SC
Crime ocorrido há 7 anos pode revelar duplo homicídio; polícia reabre o caso

Foto: Divulgação/Polícia Civil/Redes Sociais
A recente identificação de um crânio encontrado em 2019 revelou um novo capítulo sobre o desaparecimento de Jaqueline Dall’Acqua Rodrigues, 23 anos, ocorrido em 2018, no Oeste de Santa Catarina. O caso, que até então permanecia sem respostas, levou a Polícia Civil a reabrir as investigações e apontar a possibilidade de um duplo homicídio.
Jaqueline desapareceu no dia 12 de maio de 2018, junto com sua amiga, Francieli Rodrigues, de 15 anos. Enquanto o corpo de Francieli foi encontrado carbonizado dois dias depois, os restos mortais de Jaqueline permaneceram sem identificação até 2024, quando seus pais procuraram a Polícia Científica em busca de respostas. A análise genética confirmou que o crânio encontrado em uma plantação de erva-mate, próximo a Chapecó, pertencia à jovem.

Foto: Divulgação/Polícia Civil
A investigação e a descoberta do crânio
O crânio foi localizado em dezembro de 2019, mas, devido ao estágio avançado de decomposição e à ausência de vestes ou objetos pessoais, não foi possível identificá-lo de imediato. Os restos mortais ficaram armazenados na Polícia Científica até que novas tecnologias permitissem a análise detalhada.
Em setembro de 2024, os pais de Jaqueline recorreram às autoridades, fornecendo informações sobre o desaparecimento e materiais como prontuários odontológicos e fotografias. A partir desses dados, a Polícia Científica iniciou um trabalho de inteligência para cruzar informações com casos anteriores. O crânio foi submetido à análise genética e a exames de antropologia forense, que confirmaram sua identidade em fevereiro de 2025.

Foto: Divulgação/Polícia Civil
Reabertura do caso e novas suspeitas
Com a confirmação da identidade de Jaqueline, a Polícia Civil retomou a investigação do caso. A suspeita é de que ela tenha sido assassinada pelo mesmo autor do crime contra Francieli.
Na época, um homem de 27 anos, natural de Iraí (RS), foi condenado pelo homicídio de Francieli em 2021. Ele mantinha um relacionamento com Jaqueline e, segundo as investigações, as duas jovens estavam juntas na véspera do crime. O suspeito teria as levado a uma casa antes dos assassinatos. O corpo de Francieli foi encontrado em Planalto Alegre, mas a perícia indicou que ela foi morta em Guatambu.
A nova análise também revelou fraturas na face e na região temporal esquerda do crânio de Jaqueline, indicando que ela pode ter sido morta de forma violenta.

Foto: Divulgação/Polícia Civil
Com a identidade de Jaqueline confirmada, a Polícia Civil trabalha para esclarecer as circunstâncias de sua morte e apurar se o mesmo condenado pelo assassinato de Francieli também é responsável pelo crime contra Jaqueline.