Comunidade

Grupo de Escoteiros: fonte de aprendizados valiosos

Membro do Grupo Escoteiro Pomerano fala sobre aprendizados no Movimento e família reforça sua formação enquanto ser humano

3 de novembro de 2024

Foto: Arquivo pessoal

Trabalho em equipe, autonomia e respeito pela natureza. Estes são alguns dos ensinamentos proporcionados pelo Grupo Escoteiro Pomerano e pelo Movimento Escoteiro, para quem dele participa. Em especial para as crianças, que podem ter uma oportunidade de se desenvolverem como seres humanos.

É o caso de Henrique Rafael Nemézio, de 13 anos, que integra o Grupo Escoteiro Pomerano desde os seis anos de idade. Quando ingressou no GEP, fez parte dos “Lobinhos”, grupo que reúne crianças de seis anos e meio a 10 anos, e que participa de atividades lúdicas, usando como fundo de cena a história de Mogli, o menino lobo. Nestas atividades aprendem a trabalhar em equipe, trabalhos manuais e caseiros, brincadeiras sadias ao ar livre, campismo, e ensinamentos básicos da cozinha, por exemplo.

“Nós aprendemos a fazer nós, brincadeiras em equipe, caminhadas pela cidade recolhendo lixo, técnicas de sobrevivência, a fazer uma fogueira, montar uma barraca, conhecimentos de localização (estrelas, sol…). Além dos vários acampamentos de que participamos na cidade e fora dela, em que precisamos nos virar sozinhos”, conta Henrique.

A mãe do menino, Henriette Luise Steuck, destaca o quanto o filho aprendeu com a prática do Movimento Escoteiro e o quanto gosta da prática. “O Henrique fica encantado em poder realizar as atividades por conta própria e ser responsável por si mesmo. Além disso, gosta de conhecer lugares novos e aprender”, comenta.

Exemplo disso foi a participação de Henrique no evento do centenário Jamborre, em Barretos (SP), realizado no mês de julho, e que reúne jovens de todo país e que reuniu mais de 6 mil participantes neste ano.

“Ele voltou exausto, mas com a alegria estampada no sorriso, nos olhos e na alma. Precisaram fazer a própria comida, cuidar de seus pertences. O banho aconteceu apenas duas vezes, nem sempre dava tempo. Havia rodízio de quem limpava o banheiro, ressaltando a importância dos espaços que são utilizados por todos. Houve um dia em que foram ao parque aquático que também foi muito especial. Todas aa noites havia uma confraternização entre o grande grupo. Ao final, voltou com gosto de ‘quero mais’. Inclusive, ele já está inscrito para participar do Campore, em janeiro de 2025 no Rio Grande do Sul. E existe o desejo de ir ao Jamboree mundial, na Polônia, em 27”, afirma Henriette.

“A experiência foi incrível, tinha muitas pessoas, foi realmente muito legal. Acordávamos todos os dias por volta as 6h, e só íamos dormir próximo das onze da noite. Foi realmente muito incrível participar disso. E sendo escoteiro, o que mais gosto são os aprendizados. Em um dos encontros, aprendemos a fazer um ‘pão de caçador’, que é uma receita de pão muito simples, na qual se usa apenas farinha, sal, se tiver, e água. É muito legal ser escoteiro, porque podemos ajudar os outros a fazer coisas que muitas pessoas não sabem, e poder oferecer esta ajuda é muito legal”, afirma Henrique.

A mãe de menino reforça o quanto a participação no Grupo Escoteiro auxilia na evolução do filho como parte de uma comunidade. “A participação nos escoteiros é um ânimo para que ele entenda a importância de ser e estar no mundo. Que tudo o que fazemos tem um impacto na sociedade e que precisamos aprender a preservar o planeta e as boas relações humanas” ressalta.

Foto: Arquivo pessoal

 

O coordenador do Grupo Escoteiro Pomerano, Raphael Hoffmann, explica que o GEP reúne, hoje, 125 crianças e jovens, de seis anos e meio a 20 anos, divididos em quatro ramos de faixas etárias distintas.

“O Escotismo desempenha um papel significativo no desenvolvimento de crianças e jovens. através do desenvolviomento em diversas áreas”, garante. As áreas em que os escoteiros se desenvolvem são:

– Liderança e Responsabilidade: os jovens tem a oportunidade de assumir papéis de liderança e responsabilidade, o que os ajuda a desenvolver autoconfiança e a capacidade de tomar decisões.

– Respeito à Natureza: o contato com o meio ambiente incentiva o respeito pela natureza e a consciência ecológica, além de estimular a saúde física.

– Habilidades Sociais: através de atividades em grupo, aprendem a trabalhar em equipe, a se comunicar e a resolver conflitos, promovendo a empatia e a cooperação.

– Habilidades práticas: primeiros socorros, orientação, técnicas mateiras, acampamento e preparo de alimentos, que são úteis para a vida.

– Inclusão: o Escotismo promove a inclusão, reunindo jovens de diferentes origens e culturas, incentivando o respeito e a valorização das diferenças.

– Valores e Cidadania: os princípios escoteiros, como respeito, solidariedade e serviço à comunidade, ajudam a formar cidadãos conscientes e responsáveis.

– Crescimento Pessoal: através de desafios e atividades diversas, os jovens têm a chance de explorar seus interesses, talentos e limites, contribuindo para o autoconhecimento.

“Ser escoteiro na infância sem dúvida tem um impacto na vida adulta, pois um escoteiro aprende a ser e a ter responsabilidade para com o próximo (respeita horários, prazos, missões…), ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião, ética e honestidade, fazer mais com menos (econômico), manter uma rede de relacionamentos, zelar pelo bem alheio, habilidades de liderança, trabalho em equipe, resiliência e autoconfiança, conexão com a natureza e sede pelo aprendizado contínuo”, enumera Raphael.

Para mais informações sobre o Grupo Escoteiro Pomerano ou para ingressar no GEP, basta acessar o site www.gepomerano.com.br ou o perfil no Instagram.

 

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