Fim de relacionamento teria motivado feminicídio de adolescente em Navegantes, aponta polícia
Embora tenha negado envolvimento na morte da vítima, suspeito admitiu ter sido agressivo com ela em episódios relacionados ao ciúme excessivo

Foto: Redes sociais/Divulgação
Anderson Burigo, de 23 anos, foi preso sob suspeita de matar a namorada Maria Gabriela Nunes, de 14 anos. Ao Portal g1, o delegado Roney Péricles afirmou que Burigo não aceitava o fim do relacionamento com a jovem, o que teria motivado o crime.
Maria Gabriela foi encontrada morta no rio Itajaí-Açu, em Navegantes, na última sexta-feira (14), após ficar dois dias desaparecida. O corpo da vítima apresentava sinais de violência e perfurações.
No sábado (15), Burigo foi localizado e preso temporariamente. Embora tenha negado envolvimento na morte da adolescente, ele admitiu ter sido agressivo com ela em episódios relacionados ao ciúme excessivo.

Foto: Polícia Civil/Divulgação/Redes Sociais
A polícia, após ouvir familiares e realizar outras investigações, concluiu que o motivo do crime foi o fim do relacionamento, que a jovem teria decidido terminar.
De acordo com o delegado, Maria Gabriela havia informado à mãe no dia do desaparecimento que pretendia terminar o namoro. O caso segue em investigação. “Ainda não houve o indiciamento, estamos com diversas diligências em andamento, inclusive laudos periciais. A motivação foi ciúme, exatamente por não aceitar o fim do relacionamento”, afirmou Roney Péricles.
Burigo, que é nove anos mais velho que a vítima, é investigado por feminicídio e ocultação de cadáver. Ao Portal g1, a defesa de Anderson Burigo afirmou que os dois estavam em um relacionamento há 11 meses e que, na noite em que Maria Gabriela desapareceu, ele a deixou em frente à casa dela e não teve mais contato com a jovem desde então.
Confira a nota na íntegra:
“A Defesa do Sr. Anderson Luis Burigo vem a público esclarecer os seguintes fatos em relação à investigação que apura o falecimento da menor Maria Gabriela Nunes.
Anderson Luis Burigo prestou depoimento à autoridade policial na última quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025, ocasião em que colaborou integralmente com as investigações, entregando de forma voluntária seu aparelho celular, consentindo a realização de perícia em seu veículo e buscar em sua residência.
Na sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025, a Polícia Civil esteve no local dos fatos para diligências. Durante esse período, ocorreu um incidente envolvendo populares que tentaram invadir a residência dos pais de Anderson, sendo contidos pela Polícia. Ainda na sexta-feira, a Defesa manteve contato pessoal com os pais de Anderson e conversou com ele por telefone, além de informar às autoridades policiais que o mesmo estava à disposição para prestar esclarecimentos adicionais, caso necessário.
No sábado, 15 de fevereiro de 2025, Anderson Luis Burigo foi preso temporariamente (inicialmente por 30 dias), negando as acusações e reafirmando que, na noite de 12 de fevereiro de 2025, deixou Maria Gabriela Nunes em frente à residência da mesma, por volta das 21h30, e depois não teve mais contato com a mesma.
Atualmente, a Defesa aguarda a conclusão das perícias realizadas no veículo e no celular de Anderson, que poderão trazer novos esclarecimentos sobre os fatos.
Reforçamos a importância da condução serena e responsável do caso, respeitando o devido processo legal e a presunção de inocência, princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito. Outras informações serão prestadas no decorrer do processo”.
Com informações do Portal g1