Polícia

Entenda como alerta do Google levou médico à prisão, em Santa Catarina

Foram encontrados diversos equipamentos com imagens de exploração sexual infantil, e foi descoberto que ele também gravava pacientes durante os atendimentos

11 de setembro de 2024

Foto: Reprodução

Um médico foi preso há um mês em Santa Catarina por armazenar 13 mil imagens de exploração sexual infantil, após um alerta do Google. A plataforma detectou o conteúdo ilegal, bloqueou a conta do usuário e reportou o caso às autoridades.

A denúncia foi encaminhada ao CyberGaeco, a força-tarefa do Ministério Público, que realizou a prisão do clínico geral em 31 de julho após investigação.

Além do armazenamento de imagens, a investigação revelou que o médico também realizava gravações clandestinas de pacientes durante as consultas. O Google usa inteligência artificial e monitoramento constante, com suporte de entidades internacionais, para identificar e reportar atividades ilegais aos órgãos competentes.

Em 2021, a empresa relatou 3 milhões de conteúdos de abuso sexual, e entre julho e dezembro de 2023, desativou 249 mil contas mundialmente por disseminação de conteúdo de abuso sexual infantil.

O médico catarinense estava entre as contas desativadas. Atualmente, ele está passando por um processo penal por armazenamento de conteúdo de exploração sexual infantil e suspeitas de gravações não autorizadas de pacientes. O caso está sob sigilo.

O Google denuncia todos os conteúdos de abuso sexual infantil ao Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC) dos Estados Unidos, que desde 2008 coordena as denúncias e repassa as informações aos órgãos de investigação mundiais. O NCMEC utiliza um sistema de codificação, conhecido como hash, para mapear e identificar conteúdos criminosos, incluindo vídeos e fotos.

Se as imagens forem amplamente divulgadas, a Justiça Federal, por meio do Ministério Público Federal, investiga o caso. Para casos com acesso restrito, o Ministério Público Estadual e a Polícia Civil são responsáveis pela apuração.

No caso do médico catarinense, as evidências de atividades ilegais foram enviadas ao CyberGaeco, que, em 24 de novembro de 2023, cumpriu mandados de busca e apreensão. Durante a operação, foram encontrados diversos equipamentos eletrônicos, e foi descoberto que o médico também gravava pacientes durante os atendimentos.

Com informações do Portal G1

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