Duas pessoas são indiciadas pela morte dos quatro jovens dentro de BMW
Mortes foram causadas por intoxicação com monóxido de carbono

Foto: Divulgação / Polícia Civil
Duas pessoas foram indiciadas pelas mortes de quatro jovens, encontrados mortos dentro de uma BMW, em Balneário Camboriú. O caso ocorreu no dia 1º de janeiro.
De acordo com o laudo pericial, os jovens morreram por asfixia, depois de inalarem monóxido de carbono. Segundo a conclusão da Polícia Civil, o gás tóxico passou para dentro do carro após uma customização feita no veículo, em uma oficina de Goiás, devido a uma falha mecânica.
O proprietário da oficina onde a customização foi feita, em Aparecida de Goiânia (GO), e um funcionário do local vão responder por quatro homicídios culposos, segundo a investigação. Esta qualificação é quando não há intenção de matar. O inquérito já foi enviado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.
Ainda de acordo com o laudo pericial, segundo informado pela Polícia Civil, o monóxido de carbono vazou por meio de uma ruptura em uma peça, denominada downpipe. Depois, o gás teria entrado no veículo por meio do ar condicionado.
Segundo a Polícia, “os peritos concluíram que a peça, a qual foi instalada em substituição ao catalisador do veículo, foi produzida e montada de forma precária e divergente dos padrões de qualidade do fabricante”.
Relembre o caso
Quatro pessoas morreram após serem encontradas desmaiadas dentro de uma BMW em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, na manhã da segunda-feira 1° de janeiro.
As vítimas foram encontradas dentro de uma BMW estacionada no Terminal Rodoviário de Balneário Camboriú. A namorada de um dos jovens mortos chegou de Minas Gerais, de ônibus, para encontrar ele e os amigos na rodoviária. Ela aguardou no terminal a chegada do grupo.
Quando o Samu foi acionado para atender as vítimas, elas já estavam desacordadas e em parada cardiorrespiratória, segundo os bombeiros, que deram apoio à ocorrência.
Após 40 minutos de reanimação no local onde foram encontrados, e nenhuma resposta aos procedimentos realizados, a equipe médica do Samu decretou o óbito do grupo.
A investigação revelou que a causa da tragédia foi asfixia, decorrente da elevada concentração de monóxido de carbono no sangue. De acordo com as autoridades, três das vítimas apresentaram mais de 50% de monóxido de carbono no sangue, e uma delas registrou 49%. Esse nível foi determinante para as quatro mortes, causando convulsões e tornando-se extremamente perigoso.
Com informações de Portal G1