Doutor Blumenau conhece o Projeto Tamar

Toda forma de conhecimento é válida. No entanto, a prática é sempre a opção mais desejada. Sabendo disso, a professora do Nível 5 do Colégio Sinodal Doutor Blumenau, Eliane Behling Blödorn, levou seus alunos para conhecer o Projeto Tamar, em Florianópolis.
A ideia de conhecer o Projeto Tamar deu-se pelo fato da turma estar estudando o assunto tartarugas em sala de aula. “Os alunos ficaram muito empolgados em conhecer o Projeto que estávamos estudando”, relata a professora.
O passeio educativo aconteceu na terça-feira, dia 09 de outubro e contou com a presença dos alunos, da coordenadora Marineuza Henschel e da bibliotecária Andrea Buerger.
Ao chegar à capital do Estado, a turma foi recepcionada no Projeto pelo instrutor Cássio, que acompanhou alunos e professores por todo o parque, além de explicar o projeto e suas funções. Após conhecer o Projeto, a turma foi até a praia e finalizou o passeio com um almoço na casa dos avós de um dos alunos, também em Florianópolis. Os pequenos, com idade entre cinco e seis anos, jamais esquecerão esta experiência. Afinal, não é todo dia que se tem a oportunidade de aprender na prática o que a teoria expõe na escola. A experiência única ficará na memória desses pequenos aprendizes que conheceram de perto o mundo marinho.

O Projeto
O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980, pelo antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal-IBDF, que mais tarde se transformou no Ibama-Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Hoje, é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha e serve de modelo para outros países, sobretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho sócio-ambiental.
Pesquisa, conservação e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção, é a principal missão do Tamar, que protege cerca de 1.100km de praias, através de 23 bases mantidas em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso desses animais, no litoral e ilhas oceânicas, em nove Estados brasileiros.
O nome Tamar foi criado a partir da combinação das sílabas iniciais das palavras tartaruga marinha, abreviação que se tornou necessária, na prática, por conta do espaço restrito para as inscrições nas pequenas placas de metal utilizadas na identificação das tartarugas marcadas para diversos estudos.
O Projeto Tamar/ICMBio é co-administrado pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Fundação Pró-Tamar, instituição não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1988 e considerada de Utilidade Pública Federal desde 1996.
A Fundação foi criada para executar o trabalho de conservação das tartarugas marinhas, como responsável pelas atividades do Projeto Tamar nas áreas administrativa, técnica e científica; pela captação de recursos junto à iniciativa privada e agências financiadoras; e pela gestão do programa de auto-sustentação. Essa união do governamental com o não-governamental revela a natureza institucional híbrida do Projeto.
O Tamar conta com patrocínio nacional da Petrobras, apoios e patrocínios regionais de governos estaduais e prefeituras, empresas e instituições nacionais e internacionais, além de organizações não-governamentais. Mas é fundamental, sobretudo, o papel das comunidades onde mantém suas bases e da sociedade civil em geral, que participa e ajuda o Projeto, individual ou coletivamente.