Esporte

Do lazer até chegar à pesca competitiva

Edmilson Fusinato fala da paixão pela pesca esportiva e também nas participações em campeonatos nacionais

13 de abril de 2024

Foto: Raphael Carrasco / JP

A pesca esportiva, conforme o tempo passa, vai ganhando ainda mais adeptos em todo o Brasil. E, em Pomerode, um morador da cidade dedica parte do seu tempo na pescaria competitiva, após, por muitos anos, praticar a pesca apenas como um lazer ou passatempo em família.

Edmilson Fusinato chegou em Pomerode na década de 90. Logo quando chegou em terras pomerodenses, saía com frequência para pescar em família, nos rios e ribeirões da cidade. Durante toda a juventude, a prática da pesca foi muito presente, apenas como uma forma de diversão entre seu pai e seus falecidos tios Evaldo e Ivo.

Mas, com o passar dos anos, Fusinato passou a se profissionalizar na prática da pesca e passou a realizar a atividade da forma esportiva. Quando seu pai acabou dando uma recuada da prática da pesca, na época que ainda faziam por lazer, o morador de Pomerode passou a se profissionalizar na modalidade e iniciou sua jornada na pesca esportiva de forma oficial.

Fusinato explica que, na pesca esportiva, há vários fatores que diferenciam da pescaria convencional. Um deles é de que o peixe, após ser fisgado, deve ser devolvido à lagoa, não podendo levar o animal para casa. Ele também ressaltou que, nos pesqueiros esportivos, são colocados apenas peixes que, geralmente, são comuns da modalidade, como diversas espécies de carpas, dourados, tambaquis e tambacus.

“Estas lagoas são feitas com o foco na pesca esportiva. Todos esses peixes, de água doce, possuem características e tamanhos diferentes. Os peixes maiores, entre 20 a 30 quilos, são aqueles que cresceram por um bom tempo, ou seja, são peixes que possuem, média 10 anos de idade. Portanto, como demora para ter esse crescimento, os mesmos são devolvidos para a lagoa”, explica.

Com o tempo, Fusinato continuou focando na profissionalização da pesca esportiva até conseguir uma classificação no CBP, o Campeonato Brasileiro de Pesqueiro. A vaga veio por meio do resultado na fase regional do CBP, realizada na cidade de Rodeio no dia 20 de janeiro, no Pesqueiro Sasse. Nesta fase regional, participaram 60 duplas, de todo o estado, e as 10 que obtiveram a maior somatória de peso de peixes fisgados se classificaram à fase nacional. Fusinato fez dupla com o parceiro Augusto Link, de Blumenau.

Edmilson e Augusto terminaram na 8ª colocação, somando 122kg de peixes pescados. Apesar da parceria ser recente, o morador de Pomerode celebrou a conquista.

“Eu e o Augusto Link formamos a dupla neste ano e estamos com uma grande expectativa e muito confiantes para a final”, afirma.

O morador de Pomerode conta que já havia participado de uma edição do CBP, mas, na época, não conseguiu a classificação para a final. Neste ano, a fase nacional e final do Campeonato Brasileiro premia o campeão com cerca de R$ 100 mil e ainda representa a Seleção Brasileira no Mundial de Pesca, a ser realizado em Portugal.

Foto: Arquivo pessoal

 

Fusinato também explica que há uma série de fatores e técnicas que contribuem para um bom resultado em uma pesca esportiva. O clima no dia, temperatura da água, tipo de alimentação que o peixe tem, são variáveis que contribuem em um pesqueiro.

“Além desses fatores externos, há também como contar com a sorte. Nestes campeonatos, ficamos em quatro raias, nas quais permanecemos por uma hora e meia pescando naquele local. E, essas raias são definidas por sorteio. Pode acontecer de sermos sorteados onde há uma concentração maior de peixes. Isto, na pescaria, chamamos de ‘cair no peixe’. Fora tudo que também pode interferir, em questão de equipamentos. Tudo a gente precisa ver no dia, para ver qual isca usarmos, qual tipo de anzol para ser utilizado na pescaria. É necessário muita técnica e ‘feeling’”, ressalta Fusinato.

Além da oportunidade de ser um dos representantes de Santa Catarina no campeonato nacional, Edmilson também encontrou na pesca esportiva uma forma de ganhar um “troco extra”. Ele confecciona uma isca, especialmente para fisgar os peixes “tambas”. Além da pescaria, ele também dá aulas de futevôlei e ano passado, ajudou a organizar, juntamente com a Secretaria de Eventos, Esporte e Lazer, o 1º Campeonato Municipal de Futevôlei. Mas, ele conta que a pesca esportiva é o seu xodó. Inclusive, sua filha já está participando ativamente das pescas, auxiliando o pai quando a família visita os pesqueiros.

Caso haja interesse em patrocinar o morador de Pomerode, no próximo CBP, basta entrar em contato através do número (47) 99134-0083.

Foto: Arquivo pessoal

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