Descobrindo a Costa Rica
Nas ruas estreitas e quase sem calçada da Costa Rica, país situado na América Central, a pomerodense Jéssica Sandri
Conzatti, de 17 anos, iniciou uma jornada que vai durar cinco meses. Tudo começou há dois anos, quando conheceu dois
intercambistas que estavam em Pomerode e foram à Escola José Bonifácio, onde ela estudava, divulgar a ONG AFS, que
oferece programas de intercâmbios.
Nas ruas estreitas e quase sem calçada da Costa Rica, país situado na América Central, a pomerodense Jéssica Sandri Conzatti, de 17 anos, iniciou uma jornada que vai durar cinco meses. Tudo começou há dois anos, quando conheceu dois intercambistas que estavam em Pomerode e foram à Escola José Bonifácio, onde ela estudava, divulgar a ONG AFS, que oferece programas de intercâmbios. Então Jéssica começou a acompanhar o trabalho da organização por meio do Facebook, pelo qual soube de uma seleção de bolsas parciais de estudo em países da América Latina. Interessou-se e fez a inscrição.
Logo foi convocada para uma entrevista com dois voluntários do Comitê Blumenau e tão logo que sua participação foi confirmada, começou a participar das atividades oferecidas pelo comitê regional e pelo gral da Região Sul.
A chegada na Costa Rica aconteceu no dia 6 de fevereiro deste ano e o país foi escolhido por ser, segundo Jéssica, um destino pouco procurado. “A maioria das pessoas conhecem a Costa Rica apenas pelo futebol e não pela cultura em si. Vi uma ótima oportunidade para conhecer o país do zero e formar uma opinião muito pessoal sobre ele. Além disso, é um país muito lindo e muito pacífico. Os costarriquenses têm um grande senso de preservação e são muito receptivos”, explica.
Embora esteja no país há pouco tempo, algumas coisas chamaram a atenção da intercambista. As ruas estreitas e a ausência de semáforos em ruas locais denotaram algumas diferenças entre o Brasil. O uniforme também é específico. Camiseta, meias altas, sapato igual para todos e saia para as meninas e calça para os meninos. Não pode usar acessórios, como anéis e brincos, e muita maquiagem. Se algo não estiver de acordo, o aluno é vetado de entrar nas dependências do colégio. Por outro lado, o uso do celular durante as aulas é livre e o aluno pode entrar e sair da sala quando bem entender.
Outra diferença foi encontrada na residência em que Jéssica está hospedada. Lá ela é a “filha” caçula, convive com crianças, e sua “mãe” hospedeira é bem mais velha e a intercambista também não tem um “pai” costa-riquenho. “Eu mantive contato com eles desde que recebi as informações, em meados de janeiro, e fui muito bem recebida. Eles são muito amáveis, atenciosos, pacientes e me ajudam em tudo que preciso”, conta.
Viagem com diário de bordo online – Jéssica vai usar a oportunidade para cursar o primeiro semestre do terceiro ano do ensino médio. Ela e outros dez intercambistas, de diferentes lugares ganharam bolsa parcial para estudar em países da América Latina. Eles se conheceram pelo Facebook e criaram um grupo para trocar medos, anseios, expectativas e vontades referente à viagem. E em meio a uma dessas conversas surgiu a ideia de compartilhar a experiência com outras pessoas. “Decidimos criar um blog coletivo para que as pessoas possam conhecer mais cada um dos países de destino (Costa Rica, Paraguai, Argentina e Chile) e para dividir nossas experiências com quem também tem esse sonho de estudar em outro país e vivenciar outra cultura”.
Jéssica conta que já aprendeu muita coisa, mesmo no pouco tempo em que está na Costa Rica. “Deixar o conforto da sua casa e o comodismo em que vive para ir a um país que você pouco conhece, que fala um idioma que você não domina, para viver com uma família que não é a sua, faz você enxergar o mundo de uma maneira muito mais ampla e madura. É preciso abrir nossa mente e nos livrar de todo e qualquer preconceito para entender que diferenças sempre existirão, e é isso que faz cada lugar ou cultura ser interessante”.
No futuro, Jéssica pretende seguir a carreira na área jurídica. Quer se formar em Direito e se tornar Promotora. E por gostar de outras culturas, pretende conhecer muitos lugares e fazer trabalhos voluntários pela AFS. “Toda experiência é válida e engrandecedora, mas acredito que quando você faz de coração, apenas porque quer fazer, é ainda mais satisfatório e marcante. Ajudar ao próximo é minha maior aspiração”.
Por enquanto, Jéssica vai aproveitando o tempo e os descobrimentos que só a juventude permite. Ela ainda fica na Costa Rica até o início de julho e quem quiser pode acompanhar a jornada dela e de outros intrcambistas pelo blog.