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Dando mais cor à vida

Pintar ou tingir o cabelo é uma coisa corriqueira e comum para muitas adolescentes e mulheres em Pomerode. Porém, já não é tão comum ver aquelas que decidem inovar e ousar na hora de escolher a cor e é possível contar nos dedos as que possuem essa coragem, em uma cidade tradicionalmente conservadora.

26 de abril de 2017

Pintar ou tingir o cabelo é uma coisa corriqueira e comum para muitas adolescentes e mulheres em Pomerode. Porém, já não é tão comum ver aquelas que decidem inovar e ousar na hora de escolher a cor e é possível contar nos dedos as que possuem essa coragem, em uma cidade tradicionalmente conservadora. 
Gabriela Mikaela, de 17 anos, em 2016, teve esta coragem e decidiu adotar uma cor diferente das tradicionais para seu cabelo. Hoje, a jovem caminha pelas ruas da cidade exibindo o cabelo verde-água, sem se importar com os olhares “tortos” que recebe frequentemente. “Foi uma coisa bem espontânea, senti vontade de tentar algo diferente”, conta Gabriela, falando sobre a decisão de pintar o cabelo.
A jovem admite que existe, sim, certa dificuldade em conseguir emprego para quem possui um estilo diferente, e que tentou em vários lugares, e não conseguiu. Para Gabriela, o fato de ter os cabelos coloridos é um fator que complica a situação. “A visão da sociedade ainda continua muito dura nesta questão profissional”, opina. 
Apesar desta dificuldade, ela garante que não pretende abandonar o estilo e que continuará a utilizar as chamadas “cores fantasia” no cabelo, porque acredita que é importante continuar sendo quem é. 
Ter a cor que desejar no cabelo, segundo Gabriela, é uma forma de utilizar de sua liberdade de expressão, de pensar e não apenas seguir um padrão de beleza imposto pela sociedade. 
A adolescente defende, ainda, que o respeito para com quem adota um estilo diferente é importantíssimo. “As pessoas precisam se esforçar para aceitar as escolhas de cada um, porque o respeito é fundamental, não só para quem tem cabelo de uma cor diferente, mas também para qualquer um que decida viver de uma maneira diferente do considerado padrão”, reitera Gabriela. 
Ela finaliza, agradecendo às pessoas que a apoiaram, que, de acordo com ela, são fundamentais para que não se perca a autoestima. “Existem várias pessoas que gostam e apoiam e eu agradeço elas por me ajudarem a não deixar de me sentir bem com minhas escolhas”. 

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