Corpo de jovem sequestrada em Araquari é encontrado 3 meses após o crime, no Paraná
Camila Florindo D’Avila, de 23 anos, foi levada por criminosos que buscavam capturar o companheiro dela, investigado por integrar uma facção criminosa

Foto: Arquivo pessoal/Reprodução
A jovem catarinense que foi sequestrada em 8 de outubro do ano passado, em Araquari, teve seu corpo encontrado três meses depois, em 14 de janeiro, na cidade de Ibaiti, no norte do Paraná. O delegado José Gattaz Neto, da Polícia Civil, informou que a investigação sobre o sequestro e a morte foi concluída.
Camila Florindo D’Avila, de 23 anos, era mãe de um menino de 6 anos. Ela morava em Araquari há quatro anos e trabalhava em um quiosque e com serviços de limpeza.
Segundo a Polícia Civil, ela foi sequestrada por homens encapuzados em sua casa, e desde então ficou desaparecida. Seu corpo foi encontrado enterrado em uma fazenda de eucaliptos após buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros.
Camila mantinha um relacionamento de seis anos com um homem investigado por envolvimento com uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas. A investigação da Polícia Civil revelou que o alvo dos sequestradores era o companheiro dela.
Durante o sequestro, o companheiro da vítima conseguiu fugir, conforme registros das câmeras de segurança. Por não o encontrá-lo, os criminosos levaram Camila, que não tinha envolvimento com tráfico de drogas, segundo o delegado. O companheiro dela ainda permanece foragido.
A Polícia Civil confirmou, na última quinta-feira, que Camila foi levada viva para Curitiba, onde um dos sequestradores foi morto a tiros por membros da mesma facção criminosa.
O delegado acredita que Camila tenha sido assassinada em 10 de outubro, antes de ser levada para Ibaiti, possivelmente para impedir que ela denunciasse os envolvidos. O corpo da jovem, atingido por disparos de arma de fogo, foi enterrado em um buraco coberto por cal em uma área rural.
Após intensas buscas com o auxílio de cães farejadores, o corpo foi localizado. Além disso, quatro pessoas foram presas em Curitiba, Foz do Iguaçu (PR) e São Francisco do Sul (SC), e devem ser indiciadas pelos crimes de sequestro, roubo majorado, uso de veículo com identificação adulterada, participação em organização criminosa e homicídio qualificado. A investigação continua em andamento.