Cliente é baleado e pisoteado após discussão por valor de comanda, em Florianópolis
Thiago Kich de Melo foi morto na manhã de terça-feira, 08, pelo segurança da boate
Foto: Cidade Alerta SC/Reprodução
Na manhã de terça-feira, 08 de outubro, um homem morreu baleado e pisoteado após uma discussão por conta do valor de uma comanda, no Centro de Florianópolis.
O caso ocorreu na boate Sex Night, onde quatro amigos foram até o balcão de atendimento para contestar os valores de uma comanda, no valor de R$ 1801,80. Durante a discussão, um segurança se aproximou e tentou conversar com eles. Durante a conversa, um dos homens falou algo para o segurança, que respondeu com uma cotovelada. Neste momento, iniciou uma briga generalizada.
Um dos amigos que estava no local e vítima do tiro, identificado como Thiago Kich de Melo, partiu para cima do segurança. Um policial militar, que estava à paisana chegou no local, na companhia de outros homens, para auxiliar o segurança na briga.
Enquanto Thiago desferia socos em um homem, o policial puxou Thiago e disparou com uma arma de fogo contra ele, que caiu desorientado no chão.
Thiago ficou caído na porta da boate e, em seguida, foi pisoteado pelo segurança do local. Os demais envolvidos na confusão se afastaram após o tiro e perceberam marcas de sangue no chão.
Após pisotear a vítima, o segurança ainda tentou agredir outro rapaz que estava sentado em uma cadeira, mas foi impedido por outro homem que chegou posteriormente no local.
Mesmo ferido e pisoteado, Thiago não foi socorrido por nenhum funcionário da boate e foi encontrado sem vida pelos paramédicos.
Segundo informações da Polícia Civil, após interrogatório do policial à paisana, ele estaria dentro da boate fazendo segurança privada armada, com uma arma de fogo da sua prioridade.
Esta prática é considerada ilegal, já que os policiais militares são servidores públicos concursados e os PMs de Santa Catarina proíbe agentes da ativa a trabalharem em organizações e empresas privadas.
O policial militar e o segurança foram presos em flagrante pelo crime de homicídio. O policial foi levado em custódia ao 4º Batalhão de Polícia Militar, enquanto o segurança foi conduzido ao presídio da capital.