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Caso Bianca Hasse: em apoio à Polícia Civil, bombeiros voluntários de Ilhota e Indaial realizam buscas no Morro do Baú

Operação é realizada com o intuito de descartar a hipótese de que pai e filha ainda estejam no parque, local onde foram vistos pela última vez há 14 dias

14 de março de 2025

Foto: Arquivo Pessoal

Na manhã desta sexta-feira, 14 de março, o Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota e os Bombeiros Voluntários de Indaial, com o auxílio de um cão de busca e resgate de vítimas, foram empenhados para auxiliar a Polícia Civil de Blumenau em uma operação de varredura relacionada ao caso do desaparecimento de Bianca de Freitas Hasse, de 8 anos, e seu pai, Anderson Rafael Hasse, de 40 anos.

A Polícia Civil solicitou o apoio para fazer a varredura na região do Parque do Morro do Baú, em Ilhota, local onde, segundo investigações, os dois foram vistos pela última vez, sendo deixados por um motorista de aplicativo, carregando malas e uma caixa de som.

De acordo com o comandante operacional dos bombeiros de Ilhota, Carlos Rampelotti, a ação ocorre para, talvez, descartar a hipótese de que a menina esteja no local, já que seu desaparecimento já completou 14 dias.

Além do Morro do Baú, as equipes também realizarão uma varredura em algumas trilhas secundárias dessa localização.

Até o momento, não há nenhuma informação além das demais já divulgadas pela própria Polícia Civil. Mais detalhes sobre a varredura serão divulgados durante esta sexta-feira.

Foto: Arquivo Pessoal

O que se sabe até o momento:

Segundo apurado pela Polícia Civil, Anderson deveria ter entregado a menina à mãe no dia 5 de março. A criança estava com o pai para o fim de semana de visita, que ocorre a cada 15 dias, e devido ao feriado de Carnaval, o retorno foi acordado para quarta-feira, 5, às 13h15min, na escola. No entanto, Bianca não foi entregue à mãe, Mariane de Freitas, que, ao buscar a filha no fim do dia, percebeu o desaparecimento. Desde então, Anderson tem se mantido incontactável.

Segundo informações apuradas pelo portal O Município Blumenau, o advogado de defesa de Anderson, Alessandro de Jesus Mendes, relatou ter tido o último contato com seu cliente na semana anterior ao Carnaval. Na ocasião, Anderson esteve em seu escritório para deixar alguns documentos, mas não mencionou nenhuma viagem ou intenção de fugir, como sugerido pela defesa da mãe.

Mendes afirmou que, após o desaparecimento, a mãe de Bianca, Mariane, entrou em contato com seu escritório e relatou que não encontrou a filha na escola. O advogado também tentou entrar em contato com Anderson, mas suas mensagens não foram entregues, o que levantou ainda mais suspeitas.

Histórico de guarda e relacionamento familiar

De acordo com a defesa de Anderson, ele teve a guarda de Bianca por três anos, mas perdeu a guarda para a mãe por questões processuais. Atualmente, a defesa tentava reverter a decisão judicial. O advogado ressaltou que Anderson sempre teve um relacionamento saudável com a filha e destacou o amor intenso que o pai nutria pela menina, o que, segundo ele, nunca havia sido observado em nenhum outro caso familiar.

Alessandro de Jesus Mendes também se mostrou contrário ao comportamento de Anderson e enfatizou que seu escritório segue a legalidade e respeita as decisões judiciais. “Não coadunamos com esse tipo de atitude. Trabalhamos dentro da legalidade e devemos acatar as decisões judiciais”, finalizou.

A Polícia Civil segue em busca de mais informações e trabalha para localizar tanto Bianca quanto Anderson, aguardando novos desdobramentos sobre o caso.

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