Cultura

Câmara Literária de Pomerode cria Comenda em homenagem a Cícero Pedro de Melo

Homenagem póstuma tem o objetivo de manter viva a memória do legado do escritor

4 de junho de 2022

Foto: Isadora Brehmer / Jornal de Pomerode

A Câmara Literáia de Pomerode (CLiP), originalmente formada pelos escritores Andréa Gustmann, Neida Rocha e Cícero Pedro de Melo (em memória), agora homenageia o companheiro escritor, falecido em maio de 2020.

No dia 13 de junho, ele completaria 64 anos e, como forma de homenagear o trabalho dele e a sua memória, Neida Rocha e Andréa criaram a Comenda Cícero Pedro de Melo. O reconhecimento é uma forma de evitar que o nome do escritor caia em esquecimento e também de enaltecer as produções de escritores espalhados pelo país.

“Achamos que seria uma justa homenagem ao Cícero, para que o nome dele seja sempre lembrado. Além disso, a Comenda é entregue a escritores de todo o Brasil, que ficam bem felizes ao recebê-la. Assim, é uma forma de divulgar a memória e o trabalho do Cícero e também a CLiP. Nós mandamos uma medalha, da Comenda, um certificado personalizado e um livro do Cícero, para quem a receber”, afirma Neida Rocha.

A entrega da Comenda é definida conforme uma avaliação das escritoras, com base em sua experiência no ramo e no acompanhamento do trabalho de inúmeros autores brasileiros. Boa parte deste conhecimento também foi reconhecido com participações nas Academia de Letras do Rio Grande do Sul, Academia Luso-Brasileira, de Porto Alegre, Academia de Blumenau, entre outras.

Andréa, recentemente, foi convidada a participar da Academia de Letras e Artes de Arroio Grande, no interior no Rio Grande do Sul. E o patrono escolhido por ela, para sua cadeira foi justamente o ex-colega Cícero de Melo.

“Eu decidi tê-lo como meu patrono pelo mesmo motivo que eu e Neida criamos a Comenda da CLiP: uma forma de homenagear nosso amigo, uma pessoa que dedicou sua vida a poesia e que participou da criação da Câmara Literária de Pomerode. Além claro, de ser um amigo. Nós oferecemos a Comenda aos escritores que se destacam na literatura e que vem desempenhando um papel importante na escrita, a exemplo da Urda, Nana, Marcelo Labes e muitos outros. Quando me perguntaram quem eu gostaria de ter como Patrono, nem pensei duas vezes. Só poderia ser o Cícero”, enaltece.

Ainda segundo as escritoras, ao relatarem à viúva de Cícero, Marisa, sobre a homenagem, ela também se emocionou, pois é uma forma de perpetuar um legado na literatura.

As duas escritoras, agora, se dedicam a retomar algumas das atividades interrompidas durante a pandemia, como a contação de histórias nas escolas, com feira de livro, além das publicações dos materiais produzidos no período do isolamento.

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