Benefício conquistado
Após divergências no valor a ser recebido, Apae de Pomerode receberá R$180mil da Prefeitura de Pomerode
Na sexta-feira, dia 13 de fevereiro, uma entrevista dada a Rádio Pomerode gerou confusão e uma série de boatos na cidade quanto ao futuro da Apae.
Na ocasião, a diretoria da instituição, na pessoa de Almir Bieging como diretor social, questionou o fato da Prefeitura de Pomerode, através de subvenção, dar à instituição o valor de R$90 mil e que, desta forma e com apenas este valor, os trabalhos realizados pela Apae estariam comprometidos, uma vez que o valor repassado no ano passado foi de mais de R$200 mil.
A Apae é uma instituição valorizada em Pomerode e, após este anúncio, uma série de reações começaram a aparecer. Desabafos e defesas em prol da Apae vieram de todos os lados.
E para dar uma explicação e solução ao problema, na manhã de sábado, dia 14 de fevereiro, o Prefeito Rolf Nicolodelli, junto com o vereador Marcos Dallmann foram à Rádio Pomerode.
Desta forma, o prefeito explicou como é o funcionamento quanto a destinação de verbas. “Ano passado, fizemos o orçamento do município onde temos rubricas para todas as instituições. Ou seja, Apae, Pommernheim, Casa da Solidariedade, Hospital. A rubrica quer dizer que se deixa um valor no orçamento, sobre as verbas que você tem naquele ano, e é prerrogativa, ou seja, por decisão do prefeito ou da equipe técnica do município, que pode diminuir ou aumentar este valor. Na ocasião do fechamento de nosso balanço do orçamento de 2015, nós deixamos uma rubrica de R$90 mil à Apae. Valor este que seria o início de discussão para ajudar a instituição”, explica.
Sobre o valor, Rolf enaltece ainda que uma reunião foi efetuada e o valor foi revisto. “Todos nós sabemos que R$90 mil não seria o suficiente, pois quando o orçamento não condiz não há o que fazer. Na quinta-feira de manhã recebemos o Almir Zoboli e o Almir Bieging, que tinham marcado uma audiência conosco, juntamente com os técnicos, para discutir o valor inicial de R$90 mil. Sabemos que não é o suficiente, mas o que precisamos dizer é que este era o valor inicial e precisávamos estudar uma forma de viabilizar o aumento deste valor. Para você mexer num orçamento e buscar alternativas não é de uma hora para outra. Estamos falando em um orçamento pra lá de R$100 milhões. Quando temos os R$90 mil e desejos de aumentar este valor, temos que buscar um superávit em outras contas. Ou seja, tirar de algum outro lugar quando há sobras. Assim funciona a contabilidade pública. Nós então pedimos um prazo para que pudéssemos encontrar esta alternativa. Discutimos então na quinta-feira a tarde junto com os Secretários onde poderíamos arrumar o dinheiro”, frisou.
Após a busca pela solução, foi decidido que o valor a ser repassado à Apae, por parte da Prefeitura, será de R$180 mil. “Na sexta-feira de manhã, antes da reunião da Ammvi, conseguimos discutir um pouco mais e chegar a um teto de R$180 mil de repasse imediato à Apae. O pleito deles é de R$220 mil e nós iriamos sugerir para que a Apae fizesse o que fez no ano passado, onde nós passamos R$132mil e a Câmara de Vereadores mais R$100 mil, totalizando R$232 mil. Além de, através da Câmara, mais R$100mil para a compra do veículo. Desta forma, a Prefeitura estaria dando os R$180 mil e a Câmara os outros R$40 mil para atender os R$220mil e estaria tudo resolvido. O valor de R$90 mil a mais será retirado da Secretaria de Educação, que possui um saldo em suas contas que não será utilizado de imediato pela Pasta. Mas ontem de manhã ainda não sabíamos ao certo de que Pasta iríamos retirar o dinheiro, e fui pego de surpresa com as declarações dadas”, completa.
Além do fato de ter o valor disponível, a Prefeitura também compreende que a Educação também faz parte do sistema da Apae, justificando o envio da verba. “Também entende-se que a Apae tem duas vertentes, a questão da saúde, do assistencialismo e a questão educacional. Mediante isso, nós pegamos os R$180 mil da Prefeitura e, conversando com o Marcos, vamos nos reunir também com os demais vereadores para que possamos repassar o valor faltante à instituição através da Câmara”, ressaltou.
O Prefeito falou ainda sobre a questão econômica neste ano. “Este ano é muito atípico, pois você vem de uma guerra a nível nacional. Já é difícil você conseguir recursos federais, é difícil a manutenção das empresas, com cada vez mais carga tributária e isso afeta o município. Então, nosso orçamento está enxuto. Temos ainda outras anomalias que não vem ao caso, mas que temos que arcar este ano e a comunidade sabe. E o prefeito precisa dar um jeito de atender tudo e todos. Primeiro, não seria eu que iria fechar a Apae não passando recursos, o que eu tenho é um orçamento onde tenho que buscar viabilidades durante o ano para ajudar. Eu estou rezando para que o retorno dos impostos federais e estaduais continuem crescendo como cresceram no ano passado para que, com isso, tenhamos mais verbas para ajudar melhor as nossas instituições. Como falei, é um ano atípico, e quem espera um crescimento alto em 2015 e 2016 no Brasil e recursos federais e estaduais à vontade está muito enganado. Serão dois anos muito difíceis, isso independente de partido político”, explica.
O prefeito falou ainda sobre os valores repassados em anos anteriores. “O relatório que temos hoje em mãos é o seguinte. Em 2008, a Prefeitura repassou à Apae em torno de R$90mil; em 2009 foram R$108mil; em 2010 passou para R$110mil; em 2011 o mesmo valor do ano anterior; em 2012 foram R$180mil; em 2013 aumentamos para R$123 mil, no ano passado foram R$132mil e este ano serão R$180mil. Não posso aumentar de uma hora para outra R$80mil reais para suprir toda a necessidade, isso é impossível. Por isso também contamos com o apoio da Câmara. Temos que defender, a Apae está fazendo um ótimo trabalho e quando isso é efetuado, a comunidade se sensibiliza”, exclama.
O vereador Marcos Dallmann contou que haverá uma reunião nesta semana com os vereadores. “Temos uma reunião marcada para esta quarta-feira sobre a Apae, às 17h30min, na Câmara. Não tenho dúvida de que todos os vereadores estarão juntos para assinar o requerimento, abrindo mão da diferença necessária para que a instituição receba o valor integral que está esperando. Os vereadores são coerentes, firmes e justos nestas ocasiões”, completa.