A estagiária de quatro patas do Centro Cultural de Pomerode
Conheça a Neguinha, “adotada” no Centro Cultural e que hoje é presença constante no local

Foto: Divulgação
Você sabia que o Centro Cultural de Pomerode tem uma mascote? Pois é, quem passou pelo local já deve ter notado uma presença constante nas dependências do Centro, uma gatinha de pelagem preta, que adotou o local como lar.
A gata recebeu o nome de Neguinha, por parte da equipe que trabalha no Centro Cultural, formada por Alceu Custódio, Roseli Zimmer, Sandra Greuel, Rafael Pinto Nemézio e André Siewert. Segundo o grupo, ela começou a aparecer no Centro Cultural por volta do ano de 2021.
“Ela estava aqui pelo Centro Cultural e teve filhotes, dois quais apenas dois ficaram por aqui. Depois, um destes dois acabou sendo atropelado, sobrando apenas a gata e seu filhote, chamado carinhosamente de Calígula. Dele conseguíamos nos aproximar, mas dela não. Porém, lamentavelmente ele teve um problema de saúde após algumas brigas, e não deixava ninguém chegar perto, então acabou falecendo. Sobrou apenas a gata, mas ela continuava não deixando ninguém chegar perto”, contam.
Algum tempo depois, entre o fim de 2021 e começo do ano de 2022, ela teve mais filhotes. Durante a Osterfest, uma moça que estava no Centro Cultural comentou sobre a necessidade de conseguirem castrar a gata. Assim, foi encontrada uma ONG de Timbó, com a qual conseguimos colocar os filhotes e a gata, também.
“Pensando em não deixá-la perdida, pedimos que, após a castração, a mãe e os filhotes fossem doados a alguém que pudesse cuidar deles. No entanto, depois de cerca de três dias, ela foi deixada aqui no Centro Cultural novamente. Ela estava castrada, mas continuava não deixando ninguém chegar perto. A partir dali, levou cerca de um ano a um ano e meio para que ela começasse a ganhar confiança, até que percebeu que estava segura e nos deixou chegar perto”, relembram.
No início, o grupo deixava comida e água em alguns locais, para que ela se alimentasse e era apenas isso que Neguinha fazia. Com o tempo e com a paciência do grupo que atua no Centro Cultural, ela começou a confiar nas pessoas.
“Hoje ela já vem no colo, vem até nós quando chamamos e circula por todo o perímetro. Anda pela Biblioteca, anda pelo Museu, anda pela Escola de Tornearia, vai até a sala da Banda Municipal e está em casa. Até já perguntamos se a gata circulava fora do nosso perímetro, mas descobrimos que não, então já deduzimos que ela adotou o Centro Cultural como lar”.
Aos fins de semana, há sempre alguém que passa pelo local para trazer comida e repor a água dela, e durante a semana todos que vêm com frequência ao Centro Cultural ajudam a trazer comida e a cuidar dela.

Foto: Isadora Brehmer / JP
“Nós nos tornamos os tutores dela. Neguinha tem os cantinhos dela pelo Centro Cultural, tem uma cama no escritório e sabe exatamente quando é hora dela sair, quando é nossa hora do almoço ou ao fim do expediente. Quando é um dia mais chuvoso, ela normalmente passa o tempo dormindo na sala”, comentam.
Segundo o grupo, as pessoas acham interessante a presença da Neguinha aqui e perguntam sobre. Normalmente, ela é mais arisca com pessoas estranhas e tem um pouco mais de receio com crianças. Além disso, quando há eventos no Centro Cultural ela costuma ficar mais escondida.
A equipe que atua no Centro Cultural também colocou alguns cartazes espalhados pelo perímetro, a fim de avisar aos visitantes sobre a presença da Neguinha, para quem ninguém tente espantá-la.

Foto: Divulgação
Neguinha se alimenta apenas de ração, que é trazida pela equipe do Centro Cultural e pelas pessoas que frequentam a sala de música, a escola de tornearia e demais dependências com mais frequência.
“Ela é muito inteligente, entende tudo o que falamos e o que está acontecendo ao seu redor. Neguinha conquistou a todos aqui e é o nosso bichinho. Nós também cuidamos da saúde dela, verificando com frequência se aparecem pulgas, ou carrapatos, para garantir que tudo esteja bem. Ela sabe exatamente quando há algum de nós chegando e sabe que é a hora que vai ganhar comida”, afirmam.
Por fim, o grupo ressalta que ela já faz parte do local e, por isso, pede o respeito para quem visita o Centro Cultural, especialmente quando vem com outros animais.
“Para nós ela é uma excelente companhia e, com certeza, aqui hoje é o lar da Neguinha”, finalizam.

Foto: Isadora Brehmer / JP