A decisão que ainda não terminou

Três meses. Este é o tempo que a APF/Pomerode está esperando uma resposta da FME de Indaial, organizadora do Torneio de Verão, em virtude dos acontecimentos ocorridos naquela polêmica decisão.
Após analisar as imagens veiculadas no Youtube, onde se vê claramente seis atletas adversários dentro de quadra, faltando quinze segundos para o final, a agremiação entrou com uma petição, na qual objetiva a anulação da partida, punição ao atleta, multa ao Loes e a reversão do título em favor da equipe pomerodense. No entanto, até agora, não foi feito nada, pois a FME prometeu algumas datas, que já passaram e não houve retorno.
Segundo Rafael Ramthun, dirigente da APF, a omissão da Fundação de Indaial é revoltante. “Nossa associação é mais do que um time, e sim, uma família. A diretoria sofre com as cobranças com relação ao assunto, os patrocinadores querem uma posição, e até agora, nada foi resolvido. Temos um carinho muito especial pelo Torneio de Verão de Indaial, o qual já vencemos uma vez e fomos vice-campeões em duas oportunidades. A nossa participação no campeonato de 2013, no entanto, vai depender da decisão tomada pela organização. No entanto, se nada for feito, a credibilidade da competição será colocada em xeque”, disse.
Ramthun diz ainda que uma situação dessas repercute negativamente, não só em Pomerode, mas em toda a região, pois a equipe tem o apoio de diversas empresas, que também querem que o caso seja resolvido. “Tivemos apoio de outros times e também do escritório de advocacia Borba, em Blumenau, que nos ajudou a fazer a petição. Porém, mesmo realizando ligações periódicas, a FME de Indaial não está dando a devida importância ao caso. Eles alegam que quem deve decidir é a comissão disciplinar, que ainda não se reuniu.”

Repercussão
O caso, como já foi dito, ultrapassou as fronteiras de Pomerode. Em e-mail recebido pelo dirigente, o Diretor Comercial e Marketing da Krona Tubos e Conexões e homem-forte da equipe joinvillense na Liga Futsal, Valdicir Kortmann, repudia as ações e cobra uma punição à equipe infratora. “Lamentável a atitude da equipe. Vergonhoso deixar de punir a equipe que teve uma atitude antidesportiva como esta. Deveria ficar suspensa de qualquer competição por, no mínimo, três anos. Quem perde, é a cidade de Indaial, pois como você mesmo falou, o torneio tem grande referência e perderá credibilidade se não decidir por julgar o caso e punir a equipe do Loes. Não desanime meu amigo, sei que é difícil, mas também temos enfrentado algumas questões bem complicadas na própria Liga. Forte abraço.”
A diretoria da APF/Pomerode espera que a justiça seja feita. “A comissão tem tudo para mostrar que campeão é quem ganha, mas de forma leal, respeitando o adversário, as regras e o jogo”, finalizou Ramthun.