A arte de modelar “dinossauros”

Um tipo de arte diferente. Um morador de Pomerode resolveu inovar e começou a confeccionar fantoches realistas de espécies de dinossauros. John Lima, artista plástico, iniciou a produção dos bonecos, dentro da própria casa. O contato com a arte veio desde cedo, pois sempre gostou de desenhar, porém, nunca pensou em levar isso como profissão.

Os exemplares chamam a atenção pelo realismo e surpreendem principalmente as crianças, que ficam curiosas por vê-lo “se mexendo”. A ideia de entrar no mundo das representações de dinossauros, começou há cerca de dois anos, quando trabalhava no Parque Temático Vila Encantada. Por lá, já havia prestado alguns serviços, principalmente relacionado às pinturas. Com o tempo, John resolveu tentar montar o primeiro molde de dinossauro, uma cabeça de Triceratops, feita com isopor que encontrou no lixo de um canteiro de obras.

“Achei um monte de placa de isopor no lixo. Pensei, para fazer um teste, vou utilizar algo que possa ser reaproveitado. Coloquei tudo no meu carro, fui pra casa, colei uma placa em cima da outra e comecei a lapidar”, explica.

O contato com a arte veio desde cedo, pois sempre gostou de desenhar, porém, nunca pensou em levar isso como profissão. Além disso, ele é apaixonado pela série de filmes Jurassic Park, que tem como tema dinossauros. E, todo exemplar que é produzido, John procura trazer os mínimos detalhes, desde a parte de musculatura do ser até as cores, para trazer o máximo de realidade possível para os bonecos. Todos eles, são feitos de maneira artesanal e são moldados conforme as características de cada dinossauro. Para fazer os exemplares, o artista usa malha, borracha e espuma como materiais principais. Ele conta que precisou estudar para se aprofundar mais neste tipo de arte.

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

“Há pouca coisa aqui no Brasil sobre esse tipo de modelagem. Há muita coisa da China, relacionado a isso e aqui acredito que sou um dos primeiros a entrar nesse ramo de produção dos bonecos de dinossauros. Mas não foi fácil, pois até mesmo na hora da pintura, é necessária uma tinta específica e uma vez eu achei um vídeo feito lá na Argentina, sobre pigmentação de borracha. Então, passei a me aprofundar ainda mais e comecei a utilizar pintura automotiva, para não comprometer o resultado final, por conta da exposição ao sol.”, comenta.

Um deles, chamou muita atenção recentemente. O artista produziu um bebê dinossauro interativo. Com a mão por dentro do fantoche, são feitos os movimentos para causar a impressão de que há realmente um filhote de dinossauro, já que todo o capricho e detalhes deixam o boneco realista.

“Uma vez, estava vendo um vídeo na internet sobre fantoches feitos com resto de espuma de colchão. Aí, me inspirei nisso e pensei que era possível fazer um bebê dinossauro flexível. O primeiro que fiz não deu muito certo, pois ainda não sabia a questão de qual tinta usar e tudo mais, porém, o segundo ficou do jeito que queria e fez muito sucesso na Vila Encantada”, conta o artista.

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

Com a repercussão positiva, o artista passou a se dedicar ainda mais ao trabalho de confecção destes fantoches. Agora, ele também está produzindo para o Parque Eco do Avencal, em Timbó e para uma nova atração com tema de dinossauros, em Foz do Iguaçu.

“Para te falar a verdade, eu estou feliz, porém assustado. Muita gente começou a me procurar para confeccionar esses bonecos. Isso me abriu muitas portas para eu expandir meu trabalho e hoje estou com bastante serviço para fazer. Estou produzindo alguns dinossauros para um parque lá de Foz do Iguaçu e tenho uma parceria legal também com o Eco do Avencal. Agora, já estou pensando em montar uma equipe para atender toda a demanda da produção”, finaliza.

Para acompanhar o trabalho do artista, acesse o Instagram @johnlimaartes.