Educação

A arte de falar (e ensinar) Alemão

Falar a Língua Alemã, nos dias e hoje, com certeza é um diferencial e tanto. Na 'Cidade Mais Alemã do Brasil', saber se expressar na língua estrangeira, não é uma obrigação, obviamente. Mas quem vem para cá, busca ouvir e saber mais do idioma e como muitas famílias ainda mantém a tradição de preservação do mesmo. Para intensificar essa cultura, duas escolas já possuem o Projeto Bilíngue.

1 de junho de 2015

Falar a Língua Alemã, nos dias e hoje, com certeza é um diferencial e tanto. Na 'Cidade Mais Alemã do Brasil', saber se expressar na língua estrangeira, não é uma obrigação, obviamente. Mas quem vem para cá, busca ouvir e saber mais do idioma e como muitas famílias ainda mantém a tradição de preservação do mesmo.
Para intensificar essa cultura, duas escolas de Pomerode já possuem o Projeto Bilíngue; com este trabalho, as crianças têm aulas de algumas disciplinas, nos dois idiomas: Alemão e Português. O objetivo com isso, é difundir a Língua Alemã a todos os alunos que estudam nas escolas participantes.
Como o aprimoramento e a intensificação do Alemão, como segunda língua é bastante visado, os professores desse idioma também precisam estar conectados com esse objetivo e ainda mais com as novidades que a língua estrangeira oferece.
Por isso, no dia 08 de janeiro deste ano, a professora Ranice Dulce Trapp, embarcou para a Alemanha, a fim de potencializar as formas de ensino e também aprimorar o conhecimento.
Durante três semanas, Ranice estudou na Universidade de Leipzig, através da InterDaf, uma associação que oferece cursos de alemão para os diferentes níveis de conhecimento. É uma oferta especial de cursos preparatórios de língua combinada com orientação profissional que é oferecida aos bolsistas do projeto Ciência sem Fronteiras. A associação dá aos estudantes estrangeiros que desejam estudar em um país de língua alemã, as habilidades de linguagem e apresenta a eles várias maneiras de como é cultura e a vida contemporânea da Alemanha. Dessa forma, o trabalho da interDaF também contribui em uma imagem atual e diferenciada da Alemanha.
Foram 22 professores e estudantes da rede pública de todo o Brail que participaram dessa capacitação. De Pomerode, Dulce foi a privilegiada para participar dos trabalhos focados em intensificação e aprimoramento da língua. De Santa Catarina, no total, seis professores participaram do programa.
'Essa é uma ótima iniciativa; com esse projeto, a Universidade de Leipzig quer atrair a atenção e os próprios alunos, de cidades de todo o mundo que falem o idioma alemão. Pois muitos têm o interesse, mas chegam lá sem ter noção do idioma e isso dificulta um pouco o trabalho. Então, com esse trabalho sendo desenvolvido desde os primeiros anos, há mais possibilidades dos estudantes chegarem na Alemanha, com o domínio da língua', explica.
Nos próximos 30 dias, conta Ranice, um relatório sobre a viagem precisará ser enviado para a Universidade Federal do Paraná (UFPR), para fazer uma avaliação dessa capacitação realizada na Alemanha. Se o programa, em sua maioria de relatórios for benéfico, o trabalho terá continuidade. O seguimento será encabeçado pela UFPR, já que a universidade possui o curso superior, em formação da Língua Alemã.
Segundo Ranice, nos próximos dias deve sair a resposta se a universidade receberá uma verba de R$900 mil, que dever ser voltada ao ensino do idioma. 'Como Pomerode tem o Projeto Bilíngue, há grandes possibilidades de receber uma parte dessa verba, que deverá ser aplicada diretamente na melhoria do ensino da língua alemã', revela.
Ranice conta ainda que a experiência foi bastante válida, pois um dos temas trabalhados pelos professores foi a Fonética, que é o ramo da Linguística que estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana. 'Estudando a Fonética, aprendemos primeiro a melhorar a nossa, para depois passar esse conhecimento aos alunos', explica.
Ranice será agora, multiplicadora desse conhecimento, para os demais professores da rede municipal de ensino. 'Lá pude ver novas técnicas de ensino. Algumas já vinha trabalhando com os alunos; outras, serão colocadas em prática neste ano. Mas o interessante é que lá se confirmou algo que eu já trabalhava e tinha como ideologia: o ensino do idioma não precisa se ater apenas aos livros. Há como ensinar uma língua estrangeira, através de brincadeiras, músicas, teatrinhos e outras tantas formas de disseminar o conhecimento', revela.
A professora conta que houve muitos momentos interessantes e alegres da viagem. Um deles, foi uma noite brasileira, promovida pelos alunos do curso. Separados por estados, cada grupo trouxe uma comida típica do estado e fez uma apresentação. A festa reuniu as famílias hospedeiras dos professores brasileiros e demais convidados.
Assim como momentos bons, Ranice conta que momentos ruins foram os de frio intenso, principalmente em Berlim, quando teve que se 'esconder' atrás de um monumento para fugir do frio e de uma tempestade, com direito a chuva de granizo e muitos trovões.
Como tudo na vida, há pontos positivos e negativos. Porém, com certeza, quem vai sair ganhando com esse aprendizado, não é apenas a professora Ranice. Mas os professores que receberão esse conhecimento e os alunos do município.

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