Festa Pomerana

40 edições de Festa Pomerana: Nilo Volkmann conduz o carro de mola desde a primeira Festa Pomerana

Ele fala sobre o início no evento e a participação do filho, Klaus, a da neta Anthonella na tradição

28 de janeiro de 2025

Foto: Joana Prochera / JP

Uma figura histórica e presença cativa nos desfiles da Festa Pomerana. Nilo Volkmann completou, em 2025, 40 anos participando do evento, ou seja, desde a primeira Festa Pomerana, realizada em 1984.

O aposentado, que sempre conduz um carro de mola nos desfiles, revela que estava entre os criadores da primeira edição da Festa Pomerana, em 84, realizada ainda na Sociedade Esportiva Floresta.

“Na primeira Festa Pomerana nós participamos com os carros de mola em uma exposição que havia no evento, onde também tinham motos e carros antigos. E depois começamos a participar dos desfiles, todos os anos, sempre com o carro de mola”, conta Nilo.

Nilo também afirma que, no começo de tudo, jamais poderia imaginar que a tradição chegaria tão longe e que estaria ainda participando da Festa Pomerana, mesmo mais de 40 anos depois de seu início.

Acompanhado do filho, Klaus, que sempre esteve ao lado do pai nos desfiles, e agora da neta, Anthonella, que também já está inserida na tradição, Nilo comenta que a preparação para a participação na Festa Pomerana acontece ao longo do ano todo, especialmente no que diz respeito ao cuidado com os animais. “É preciso cuidar muito bem deles ao longo de todo o ano e mantê-los bem, já que os nossos cavalos que estão nos desfiles da Festa Pomerana só fazem isso”, explicam.

Para Nilo, a ansiedade em um dia de desfile sempre vem forte, mesmo após 40 anos de experiência nesta tradição. E a participação nos desfiles exige uma preparação criteriosa, para fazer bonito nas ruas de Pomerode. “Em dias de desfile, nossa concentração é total nesta tarefa, não temos outros compromissos. Sempre damos banho nos cavalos, limpamos, organizamos no caminhão de transporte e viemos até aqui, com eles belos e arrumados para desfilar”, ressalta.

Foto: Joana Prochera / JP

 

Como Klaus já conhece, desde criança como funciona toda a preparação, ele garante que a tradição familiar de participação nos desfiles será mantida, com o aval e a aprovação seu pai. “Vamos continuar, com certeza, pois é algo que vem de berço, todo esse amor pelos cavalos e pela tradição”.

Nilo também comenta sobre a “passagem de bastão” que vai acontecendo aos poucos para a neta, Anthonella, já totalmente envolvida na tarefa da família. A jovem, por sua vez, garante que é uma honra carregar este legado tão especial.

“Estar na Pomerana é muito gratificante e participar dos desfiles mais ainda, porque eu acompanhei desde pequena eles desfilando, mas não só isso, também preparando tudo antes. Há alguns anos que eu desfilo junto, mas agora que eu estou mais sintonizada a tudo o que realmente está acontecendo, eu pretendo seguir em frente e transmitir também esse amor adiante. É como disse o meu pai, é algo que vem de berço”, afirma.

Klaus e Anthonella, durante o desfile. (Foto: Joana Prochera / JP)

Para Nilo Volkmann, seu filho e sua neta, a principal motivação para seguirem firmes na participação dos desfiles é especialmente o amor pelos cavalos, que também se encaixa na tradição da Pomerana. “Eu tenho que agradecer à Anthonella, porque ela já está junto com o pai nessa vivência, cuida dos cavalos, sabe encilhá-los, sabe montar, em resumo, sabe tudo já, inclusive conduzir o carro de mola. E garanto que vamos continuar, enquanto tivermos condições, eu também”, completa Nilo.

O aposentado enaltece, ainda, o orgulho pela criação dos cavalos Pampa, que têm a pelagem pintada. Ao longo dos anos, a família criou apenas este tipo de cavalo, algo que é motivo de orgulho. “Eu tenho orgulho de ter participado os 40 anos, não foi fácil, e eu tenho que agradecer ao meu filho Klaus, que hoje comanda a maior parte desta organização. Confio nele e agora na Anthonella, para seguir este legado, a cada ano”, finaliza.

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